De acordo com levantamento feito pelo Sebrae/ SC, 406 mil pessoas foram demitidas durante o primeiro mês de isolamento social em SC. Os mais afetados foram os trabalhadores de pequenos negócios - micro, pequenas empresas e MEIs - que contabilizam 242 mil demissões. Ao todo, 34% das empresas já realizam demissões no Estado.
Além dos desligamentos, mais de 10 mil empresas fecharam as portas no Estado. Para não encerrar de vez, alguns negócios estão fechados temporariamente aguardando o fim do isolamento social, caso de mais de um terço (33,8%) dos MEIs. Entre as grandes empresas, a prática adotada pela maioria (57,6%) foi manter as atividades com redução na produção. Para tentar manter os empregos, as empresas apostaram em conceder férias individuais para os empregados (30%), diminuir a jornada de trabalho (28%), e no uso de trabalho remoto (24%).
"A MP do governo que permite a negociação dos contratos ajudou a segurar os empregos em SC, porém aconteceu de maneira tardia. O principal custo dos pequenos negócios é com pessoal e pela falta de capital de giro e a demora para a MP começar a valer, algumas empresas não conseguiram evitar as demissões", disse o superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Fonseca. O levantamento ainda mostra que 91% das empresas registraram queda no faturamento, sendo que as perdas das MPEs chegam a R$ 9,4 bilhões.
Crédito
De acordo com o Sebrae, algumas empresas estão esbarrando na burocracia para conseguir financiamentos. "As instituições financeiras estão sobrecarregadas com tantas análises de crédito. Geralmente os pequenos negócios possuem capital de giro para apenas um mês, então aconselhamos que procurem financiamentos em bancos que já possuem conta para acelerar o processo", destacou o diretor técnico do Sebrae/ SC, Luciano Pinheiro. "Sabemos que a inadimplência deve aumentar, mas agora o importante é que as empresas sobrevivam. Elas devem renegociar seus contratos para honrar seus compromissos", explicou Fonseca.