02/06/2020 às 13h54min - Atualizada em 02/06/2020 às 13h54min
Esporte no DNA
A rotina da família Brancher, da Linha São Paulo Alto, interior de Anchieta, vem sendo modificada nos decorrer dos últimos anos. O motivo está no vôlei, já que as três filhas do casal Idilo e Ana praticam o esporte. Atualmente, a estrela é a filha mais velha, Edinara, que joga pelo Esporte Clube Pinheiros. Com 24 anos, a jovem já passou pelo São Caetano (de 2013 a 2017), pela superliga Barueri (de 2017 a 2018), pelo Sesi Bauru (de 2018 a 2019) e pela superliga EC Pinheiros (de 2019 a 2020), onde reforçou contrato até 2021.
De Anchieta, Edinara começou a chamar atenção pela Associação Desportiva Guaraciaba (ADG), onde conquistou títulos e foi convocada para a seleção brasileira de base. O bom desempenho a levou para a base do São Caetano. Mas ela não é a única a ter destaque. A irmã do meio, Andrieli, de 21 anos, também já jogou pelo São Caetano (de 2015 a 2017), pelo Barueri em 2018 e pelo Limeira em 2019. No momento, se afasta das quadras profissionais para seguir carreira na faculdade, onde cursa engenharia civil na UniSant'Anna em São Paulo.
As duas irmãs já tiveram a oportunidade de jogar juntas o Campeonato Estadual da 1ª Divisão de São Paulo. A caçula, Gabriela, de 13 anos, também já treina vôlei, tendo conquistado títulos em nível municipal em Anchieta. Atualmente defende a Associação Desportiva Guaraciaba (ADG), onde começou a se destacar no esporte. “Vou seguir carreira”, diz ela. Nesta época de isolamento, as duas irmãs mais novas estão em casa, enquanto a mais velha continua em São Paulo. Andrieli conta que para conter a energia da irmã faz alguns exercícios ao seu lado.
O segredo para o sucesso nas quadras vem de casa. Respeito, humildade e dedicação são princípios que a família Brancher não abre mão. Para manter as filhas nos treinamentos, é preciso abrir mão de conforto. “O Idilo sempre ia buscar elas nos treinos tarde da noite, fazendo chuva ou frio. Somos colonos e fazemos só para viver. Sempre deu bastante despesas, correrias, preocupações, mas a gente chora junto, dá risada junto, sempre torcendo pelo futuro delas. Nunca pensamos em sobrar dinheiro, deixar de investir para guardar. O futuro delas sempre em primeiro lugar. Depois é depois. Graças a Deus nunca faltou nada de comer ou algo necessário. Nos apertamos várias vezes, mas não desanimamos”, comenta Ana, muito emocionada.