Nos últimos meses, foram iniciadas as obras de restauração do ginásio de esportes João Inácio Rockenbach e da Escola de Educação Básica Catharina Seger, localizados no Distrito Cerro Azul, interior de Palma Sola. Por solicitação do professor Daniel Zanatta e do diretor Lauri Ludwig, foram disponibilizados R$ 150 mil a comunidade, provenientes de liberações da Secretaria do Estado da Educação (SED) e da Coordenadoria Regional de Educação de Dionísio Cerqueira.
Segundo Lauri, os dois projetos são distintos e de grande importância a localidade. “A reforma da quadra foi solicitada em 2019, pelo professor Daniel, e depois daí continuamos cobrando até ela ser executada. Já o projeto de reforma da escola, é de autoria minha, e contempla pequenos reparos. Ambas iniciaram no primeiro semestre deste ano e já estão concluídas”, esclarece enfatizando que o ginásio estava interditado por conta da condição da quadra e que era utilizado apenas para atividades recreativas.
“Como o piso era de madeira, ele foi quebrando e criando buracos. Com isso, proibimos esportes coletivos; também pela segurança. No começo deste ano, executamos um tapa buracos e concretamos todos os existiam. E na hora da reforma, retiramos toda a madeira e concretamos a quadra inteira”, completa.
Pequenos reparos
A obra de restauração do educandário contempla pequenos reparos, como troca de interruptores, lâmpadas, fechaduras, torneiras, sifões, bebedouros e extintores, além da colocação de grades em janelas e troca de vidros quebrados. “Aproveitamos o recurso, de R$ 32 mil, e executamos também alguns reparamos no ginásio, onde trocamos todas as folhas de Eternit transparente e 18 escuras, além das torneiras, dois vasos-sanitários, sifões e vidros”, ressalta frisando que foram investidos R$ 2,6 mil, em recursos próprios, na pintura interna e externa do ginásio.
“Todas as readequações feitas no ginásio não só beneficiam os alunos, mas a comunidade, que poderá, novamente, utilizá-lo para jogos e festas. Além disso, estamos com mais um projeto em planejamento, que é uma reforma geral de toda a escola, presando a acessibilidade, para-raios, adaptações contra incêndios, restruturação do telhado e pintura. Por ser mais amplo, dará em torno de R$ 700 mil. Já encaminhamos a SED e agora estamos esperando a liberação. O nosso objetivo é adequar a escola as leis, pois está fora da legalidade atual”, explica.
Êxodo rural
Segundo o diretor, a escola conta com 85 alunos, vindos de 15 comunidades. “Trabalhamos apenas nos período manhã e tarde, com alunos de sexta série a ensino médio. Por conta do êxodo rural, a diminuição de alunos é constante. Há menos de duas décadas, tínhamos mais de 400 alunos”, lembra frisando que uma das dificuldades das instituições interioranas é a falta de incentivo.
“Está sobrando poucas famílias no interior, por conta da falta de oportunidades e trabalho. Acredito que deve ser feito um incentivo aos jovens, para que ele entenda a importância e se mantenha no campo. As comunidades são compostas exclusivamente pelos idosos, pois os jovens correm atrás de oportunidades. É preciso fazer um fortalecimento, principalmente da agricultura familiar”, apela.
Agradecimento
“Quero agradecer a Coordenadoria Regional de Educação, especialmente o coordenador Flávio Maziero, que além de nos auxiliar, também buscou a execução dessas reformas. Um agradecimento especial a Secretaria de Estado de Educação, que foram os responsáveis por tudo sair do papel. E também, a todos os professores, funcionários e demais membros da comunidade escolar que me auxiliam na busca desses recursos”, finaliza.