08/03/2021 às 16h13min - Atualizada em 08/03/2021 às 16h13min
Especial Dia da Mulher: Sucesso profissional
As oito fases da mulher atual
Da redação
Como bem sabemos, a sociedade evoluiu desde a época em que os afazeres domésticos eram pura e simplesmente tarefas destinadas a mulher. E mudou ainda mais, desde que puderam ter liberdade para disputar espaço no mercado de trabalho, transpondo as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar. E é graças às investidas femininas sobre o poderio masculino do início da década de 1970, que hoje são duas mulheres que redigem esta reportagem.
É fato, de lá para cá muita coisa mudou, mas há ainda um grande caminho a ser percorrido em meio à constante busca por igualdade de gênero, direitos e principalmente por respeito. E é assim, com a finalidade de deixar clara a importância e legitimidade do poder de escolha de cada mulher, por sobre seu contexto e seus objetivos de vida, que o jornal Sentinela escolheu contar oito diferentes histórias, de mulheres palmassolenses, que simbolizam o empoderamento feminino.
- Sucesso profissional
Empenhada em dar resultados rápidos e satisfatórios, Graziela Três Schneider, de 37 anos, se formou em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em São Miguel do Oeste. Além de possuir pós-graduação em Ciências Penais pela Universidade Anhanguera e mestrado em Direito pela Unochapecó. No início de sua carreira, aos 24 anos, relembra alguns impasses referentes ao preconceito contra uma jovem advogada. “Eu me impus em audiências, geralmente é ali onde temos que mostrar que não somos mulheres frágeis. A minha personalidade, a maneira como eu conduzo meu trabalho, foi meu diferencial aqui no município. Sempre fui de bater de frente com aquilo que acredito ser injusto e não ter medo de buscar pela justiça. Não tenho medo de advogar contra pessoas que se consideram poderosas”, sobressai salientando que se define uma mulher forte, guerreira. “Fiz um júri faltando duas semanas para meu filho nascer, depois fiz outro com ele bebezinho, onde tive que parar para amamentar”, relembra. Neste Dia da Mulher, conclui que todas têm muito a comemorar, pois estão cada vez mais centradas no mercado de trabalho, com mais direitos e oportunidades. Como exemplo, destaca, que em Palma Sola há mais mulheres advogadas do que homens. “Percebemos de longe que as mulheres estão estudando, estão indo em frente, buscando seu lugar. Me coloco no lugar da minha mãe, que não teve as mesmas oportunidades de estudo. De lá pra cá, o salto foi imenso”, cita. Referente a importância da boa autoestima, explica que esse detalhe é complementado em casa, na forma como são tratadas pelo esposo, pelos pais, o que influencia, e muito. “Temos que procurar também tirar um tempo para nós, porque uma mulher que não se cuida não estará com sua autoestima legal”, completa. Para crescer profissionalmente, esclarece que devemos “ter sangue nos olhos”, no sentido de crescimento, que não vem por conta. Vem do querer mais, do querer se impor. Como diz Sérgio Cortela: “temos que ser competidores para não ficarmos na zona de conforto!”