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22/07/2021 às 13h28min - Atualizada em 22/07/2021 às 13h28min

“Não sou gulosa. Estou aqui para compor”

Coluna de opinião do jornal impresso

Na noite da última segunda-feira, dia 19, acabei participando de uma janta com a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr. O jantar foi organizado por um grupo que apoiou e trabalhou na eleição de Daniela ainda em 2018. Fui eu e o meu compadre e amigo Luiz Henrique Crestani.
Frequentemente Daniela percorre cidades de Santa Catarina, especialmente no Oeste catarinense, como é de se esperar ela levanta e apura demandas, e diante daquilo que uma vice é capaz de fazer, o faz. Daniela tem uma excelente relação com o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assim como outras figuras próximas ao presidente da república.
O jantar foi num lugar simples, com público majoritariamente jovem, sem outras figuras políticas, como vereadores e prefeitos da região; como é comum ocorrer nestes casos. A minha conclusão é que Daniela busca um reencontro com suas bases eleitorais. Desde junho de 2020 a relação de Daniela (Sem partido) com o governador Carlos Moisés (PSL) está arranhada. A chapa sofreu dois processos de impeachment e Daniela acabou assumindo o governo por alguns meses nos dois momentos.
Notadamente há uma forte briga por poder. O fato, é que para o Oeste catarinense a presença do Poder Executivo do Estado sempre foi mais forte em Daniela do que em Moisés. Ela é advogada e empresária Rural, nascida e criada em Maravilha. Obviamente conhece a precariedade da infraestrutura no Oeste Catarinense, seja em relação a estradas, hospitais e tudo que tange a presença efetiva do Estado.
Ela e Moisés se elegeram na onda Bolsonaro; contudo Moisés não tem o mesmo alinhamento de Daniela junto ao presidente da república; o que macula ainda mais a relação entre a vice e o governador.
Antes do jantar, reservadamente, a questionei sobre o cenário para o próximo ano. A primeira reação dela foi em não caracterizar campanha antecipada. Obviamente isto já é uma informação a um jornalista; fica claro a intenção em disputar um cargo eletivo.
Já em fala aberta aos presentes, Daniela disse que: “Não sou gulosa, não quero impor nada. Mas quero somar junto a um propósito que esteja alinhado com o nosso presidente Bolsonaro”.
A discurso dela denota humildade e também incertezas. Afinal estamos falando de Santa Catarina, o Estado que percentualmente mais votou em Bolsonaro, mas que ainda não tem consolidado um nome ao governo que esteja associado ao presidente da república.
O fogo amigo faz parte do jogo da política e Daniela busca encontrar bolsões de ar na asfixia imposta por Moisés.

Por Igor Vissotto


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