21/02/2022 às 15h30min - Atualizada em 21/02/2022 às 15h30min

Origem do Grupo Fortezza

O Grupo surgiu há 17 anos, como Di Qualitá Estofados, desde então a empresa cresceu e se prepara para lançar novos produtos

Da redação
Divulgação
O Grupo Fortezza surgiu em meados de 2005, como Di Qualitá Estofados, quando Luiz e Roseli Nascimento, resolveram investir em um novo negócio. O casal possuía uma loja de confecções e percebeu que através dela não poderia dar aos filhos, Gustavo e Rafaela, as oportunidades desejadas.
Então Luiz, que sempre gostou de empreender foi atrás de oportunidades de negócio, uma delas foi adquirir uma empresa de estofados. Infelizmente não deu certo, mas Luiz entendeu que o mercado moveleiro iria crescer, consequentemente ele buscou estruturar a própria empresa.
Com o apoio da administração municipal, que cedeu um terreno, a família investiu tudo que tinha na construção de um barracão de 600 metros quadrados. O projeto da indústria iniciou em 2007, sem que Luiz tivesse conhecimento do segmento moveleiro e de estofados. Foi necessário trazer profissionais de fora e montar uma equipe, que ensinou os processos de produção, investiu na empresa e ajudou nas decisões iniciais.
Gustavo tinha 14 anos e seu pai já estava preparando-o para assumir empresa. “Ele disse que a fábrica era nosso futuro então fez questão que eu trabalhasse. Fui servente de pedreiro e ajudei a construir nosso barracão. Mais tarde, tanto eu quanto meu pai trabalhamos na parte fabril, aprendemos todos os processos de produção”, conta Gustavo, que hoje é administrador da Di Qualitá Estofados.
 
Dificuldades
Inicialmente a empresa iria investir em sofás de qualidade inferior com foco em preço baixo. Após 30 dias desde a instituição da produção, a Fortezza enfrentou um de seus primeiros desafios: a concorrência. O mercado de produtos de baixa linha é muito concorrido e a briga de preços prejudicou a empresa, que fechou por dois meses. “Foi um começo muito difícil, só deu certo porque desistir não era uma opção, pois todas as economias de anos de trabalho da família estavam aqui”, afirma Gustavo.
O grupo partiu para a produção de uma linha de produtos de maior qualidade e valor agregado. “Para entender este nicho, foi necessário trocar a equipe que estava nos ensinando. Algo que planejávamos fazer em 4 ou 5 anos. Mas tivemos que antecipar para não correr risco de falir”, explica Gustavo.
Com a mudança de estratégia iniciou a produção de sofás com maior valor agregado, a partir daí as oportunidades começaram a aparecer. Em 2008 a empresa caminhava com mais tranquilidade. No mesmo ano, a Fortezza fez exposições em feiras e seus produtos começaram a ganhar espaço dentro das lojas.
 
Clientes
Com o tempo a empresa conquistou clientes em várias regiões do Brasil. Os produtos estão presentes nos três estados do sul do Brasil. São 320 clientes ativos. “Nossa carteira passa de 500, mas consideramos clientes ativos quando temos mais de seis meses de contrato”, destaca Gustavo.
A empresa também exporta para o Chile, Paraguai e Uruguai cerca de 35% da produção. Para 2022, um dos planos é fornecer produtos para a Europa e o estado de São Paulo, algo que não foi feito até então, por conta do volume de produção. “Nos últimos anos preparamos nossa produção para atender um mercado maior como São Paulo. Outra situação é que queremos aumentar o fornecimento para Porto Alegre e a Serra Gaúcha, as únicas regiões do Sul onde não estamos inseridos, pois a concorrência é alta no nosso segmento. Agora temos preparo para estar lá também”, afirma o administrador.
Há seis anos Rafaela, filha mais nova de Luiz, começou a trabalhar na empresa, ela é responsável pela parte financeira. Luiz sempre fez questão de preparar os filhos para assumirem a Fortezza. “Meu pai ainda trabalha dentro da empresa, mas em uma situação mais estratégica, até neste momento que estamos em obra é ele quem fiscaliza. A minha mãe, há uns 5 anos fechou sua loja de confecções e se aposentou, isso depois de 30 anos de trabalho”, revela Gustavo.
 
Desenvolvimento humano

Com a mentalidade de crescimento e desenvolvimento, o Grupo Fortezza sempre valorizou os colaboradores, um exemplo disso é a gerente de produção, que coordena 90 pessoas, mas iniciou na empresa como faxineira. “Temos este espaço para as pessoas crescerem e se desenvolverem dentro da empresa”, ressalta o administrador.
Neste sentido, a empresa está estruturando um setor de RH (Recursos Humanos) que irá trabalhar exclusivamente no desenvolvimento dos colaboradores. “Teremos um profissional capacitado para lidar no dia-dia com as pessoas, treinando e proporcionando mentorias com foco em desenvolver as pessoas para seu futuro e o futuro da empresa. Este é um dos nossos maiores investimentos em desenvolvimento humano. Temos muitos colaboradores que querem mais, querem crescer, para isso eles precisam de alguém que dê um direcionamento e ajude a evoluir”, explica Gustavo.
Outro projeto é o curso de costura gratuito para a comunidade. O curso é promovido três vezes ao ano e cada turma formou cerca de 10 costureiras. O intuito do curso é preparar as costureiras para o mercado de trabalho, seja na Fortezza ou em outra empresa. Quem se forma tem mais chances de ser chamada quando há vagas no setor de costura.
“Hoje não dependemos das pessoas que vinham de fora para ensinar, felizmente temos o pessoal da cidade que é capacitado e conseguimos promover alguns cursos de capacitação”, afirma.
 
Crescimento

Nos últimos anos, a empresa que começou com quatro funcionários e sem conhecimento sobre a fabricação de sofás se estruturou e cresceu. Atualmente são mais de 120 funcionários e o espaço de 600 metros quadrados não comporta mais o volume de produção. “Estamos alugando pavilhões como o CTG e o salão paroquial para suprir nossa necessidade de espaço. Esse é um dos motivos para a construção de uma nova sede” explica Gustavo.
Outra situação que impulsionou a construção da nova sede fabril é o projeto Di Sonno, que nasceu há 2 anos. Nessa linha são produzidos colchões, travesseiros e cabeceiras. Nesse meio tempo ainda surgiu o Grupo Fortezza. Nele, a empresa pretende agregar outras marcas e linhas de produção.
A nova sede representa o maior investimento da história da empresa. Ela tem 14 mil metros e será feita em duas etapas, a primeira deve ser concluída em setembro. A etapa inicial tem 7 mil metros e irá suprir a necessidade de espaço atual da empresa.
A construção deve abrigar a fábrica, com as duas linhas de produção, a área administrativa e um showroom. “Não temos isso atualmente e queremos criar uma experiência, para quem quiser conhecer a indústria. Com a nova área temos o planejamento de expandir para mais mercados. Neste ano iremos lançar uma nova linha assinada por um designer. É um projeto novo, já que até então todos os nossos produtos eram desenvolvidos internamente. Inclusive, nessa perspectiva de novos projetos, fechamos um contrato com uma empresa estrangeira. Seremos produtores exclusivos de um produto que não tem no Brasil. Iremos fornecer os produtos exclusivamente para as filiais deles na América do Sul”, afirma Gustavo. Por questões contratuais, ele não pôde revelar mais detalhes do projeto.
Na primeira etapa, a expectativa é que o número de colaboradores não aumente muito, mas para os próximos cinco anos a estimativa é gerar cerca de 12 novos empregos por ano.
A empresa produz em média 850 sofás por mês e 600 colchões. A Fortezza está operando com capacidade reduzida por questões de espaço, mas a previsão é que a produção cresça. Nos últimos três anos a empresa cresceu em média 18% em produtividade por ano. A perspectiva é que o crescimento continue nessa faixa.


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