17/05/2022 às 14h28min - Atualizada em 17/05/2022 às 14h28min

34 anos do Cedup Campo Erê

A escola começou com 60 alunos e pouca estrutura, hoje é referência de ensino técnico na região

Da redação
Divulgação
O dia 16 de maio de 1988 foi um momento histórico para o município de Campo Erê. Há 34 anos ocorreu a fundação do Cedup Campo Erê. O Cedup é referência na região, a única escola profissionalizante no município de Campo Erê e na regional de São Lourenço do Oeste, além de ser uma das cinco escolas técnicas do estado de Santa Catarina. “Trabalhamos com a formação de técnicos em agropecuária, que é bem relevante levando em conta que nossa região é predominantemente agrícola”, afirma a diretora Cleci Funardi.
Hoje o Cedup tem 152 alunos e sete turmas, sua estrutura conta com 48 hectares e 3 mil metros de área construída.
Campo Erê era um município grande – abrangia Saltinho, Santa Terezinha e São Bernardino –, e foi ele quem acolheu a ideia de montar um colégio agrícola, principalmente formar profissionais na área da agricultura.
Esta foi a segunda tentativa de implantar um colégio agrícola no município. A primeira, foi alguns anos antes, na saída para São Lourenço do Oeste. Na época o prefeito Gasparino Raimundo foi até o MEC (Ministério da Educação) e voltou com um projeto de escola agrícola, que não poderia ser implantado na área existente, pois além de pequena, algumas pessoas haviam se instalado no local. “Esse projeto era padrão e foi implantado também em São Miguel do Oeste, e outros dois municípios catarinenses”, explica Nelson Rintzel, professor que está no Cedup desde a sua fundação.
Assim, o Cedup foi instalado na Fazenda Primavera quilômetro 7 da SC-160. A construção da escola ocorreu entre os anos de 1986 e 1988. A inauguração foi um evento que reuniu muitas pessoas, e foi nesta inauguração que o Coral de Campo Erê fez sua primeira apresentação.
“Na época a estrutura da escola era pequena, não tinham muitas árvores ou espaços verdes, era uma grande lavoura. Não tinham animais e pouquíssimos materiais didáticos, que foram doações de professores. Recebemos na escola 60 alunos, e fizemos acontecer. Lutamos muito. A escola contou com a ajuda de fazendeiros e granjeiros vizinhos, que emprestaram máquinas, forneceram insumos para construção da primeira horta”, lembra o professor.
Segundo ele, muita coisa era improvisada, não havia internato e posteriormente a biblioteca foi transformada em um dormitório para alunos. “A estrutura era mínima, mas o pessoal tinha muita garra e trabalhava para que a escola se tornasse o que é hoje”, acrescenta Nelson.
A escola, até o ano 2000 fornecia o curso de pré-qualificação em agropecuária, que atendia alunos da quinta até a oitava série. Após 2000, o ensino passou a ser técnico em agropecuária. “Já era uma ideia de o estado implantar os cursos técnicos e nesse período a estrutura da escola já comportava essa modalidade de ensino. Nesse momento muita coisa mudou, inclusive nossa filosofia de ensino, passamos a formar profissionais liberais com registro”, explica Nelson.
Nesses 34 anos de história muita coisa mudou e novos desafios surgiram. “O estado e a união não consideram o ensino técnico como uma prioridade, principalmente quando diz respeito a escolas agrícolas modelo fazenda, que tem o lema: Aprender fazer, fazendo. Porque essa escola exige funcionamento sete dias por semana, e 12 meses por ano, sem férias”, afirma Nelson.
Neste ano, para comemorar os 34 anos de existência, o Cedup organizou uma semana com programação especial, começando no dia 16. O Sicoob Original ministrou palestra sobre educação financeira e cooperativismo. Em seguida, alunos, familiares e convidados participaram de um almoço e assistiram aos jogos de futebol entre estudantes, funcionários e professores.
Nos próximos dias ocorrem palestras sobre o uso de plantas medicinais, alimentação saudável, gestão de propriedades rurais, tributação e legislação e sucessão familiar na agricultura. “Temos uma parceria com a Secretaria de Saúde do município, que vai falar sobre violência e abuso sexual. Para os alunos teremos atividades diferenciadas”, explica a diretora Cleci.


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