Um presente que virou hobby

Cristian Magoga mora na linha São Roque, interior de Anchieta, lá ele tem como hobby, a produção de carrinhos de madeira. O gosto por este hobby começou há três anos, após Cristian construir um carrinho de brinquedos para seu afilhado, desde então não parou de produzir os carros.
“Sempre gostei de lidar com carros, desde pequeno, desmontava e montava os brinquedos. Depois que fiz o primeiro carrinho para meu afilhado, as pessoas começaram a achar legal e pedir se eu fazia para venda”, explica Cristian, que é agricultor. 
Aos poucos ele foi aceitando encomendas e hoje já expõe seus carrinhos em feiras de artesanato municipais e regionais. Inicialmente a esposa, Gabrieli Biittner, ajudava na produção. Agora ela trabalha como professora e apoia o marido o acompanhando nas feiras e exposições.
Autodidata, Cristian aprendeu fazendo, através de referências que tinha da internet. “Faço tudo à mão. Primeiro o desenho na madeira, depois corto e vou esculpindo. Tenho furadeira e lixadeira, tudo é feito de forma artesanal. Como aprendi sozinho, só pesquisando na internet, no começo sofri bastante para fazer as rodinhas girarem. Inicialmente eu colocava parafusos, até ver um carrinho com eixo. Reproduzi a ideia e deu certo”, relata ele, acrescentando que os carrinhos fazem sucesso nas feiras de carros antigos.
Hoje Cristian já deixa algumas peças pré-prontas, a exemplo das rodas e eixos dos carros. A produção não é rápida, para fazer uma kombi, por exemplo, ele leva um dia inteiro. Como Cristian tem outros afazeres, o carrinho é construído em etapas.
O preço dos carrinhos varia de acordo com a complexidade dos detalhes do modelo e tamanho. Cristian relata que os mais simples e pequenos custam de R$ 40 à R$ 50. Já os maiores, que tem uma riqueza maior de detalhes, saem por R$ 180 até R$ 250. 
“Eu vendo bastante nas feiras. O pessoal que teve ou tem carros antigos encomenda bastante, geralmente querem réplicas de seus carros. É legal ver os elogios, pessoas dizendo que é bonito. Tem pessoas que vão pelo preço e acham caro, mas eles não sabem o trabalho que dá. Já outros, nem pedem o preço encomendam e compram porque gostam e valorizam. Hoje eu vivo da agricultura, não sei se viveria apenas do artesanato, continuo a fazer pois eu gosto, vejo o resultado final e gosto. Às vezes eu vejo na internet um carrinho e me desafio a fazer”, finaliza Cristian. 
 


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