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19/10/2023 às 09h00min - Atualizada em 19/10/2023 às 09h00min

Artesanato como fonte de renda

Conheça Adriane, que transformou o artesanato em um negócio, que hoje sustenta sua família

Redação
Através da Associação Tecendo Arte, Adriane e o marido expõem e comercializam os produtos fabricados no ateliê. (Foto: Divulgação)
Além de ser uma manifestação artística, o artesanato tem se consolidado cada vez mais como fonte de renda para muitas pessoas. É o caso de Adriane Terezinha Anschau, do município de Anchieta. Atividades de costura e bordado, que começaram como hobby, hoje são a principal fonte de renda da família de Adriane. 
Adriane é natural de Guaraciaba. Filha de agricultores, ela lembra de ver durante a infância, a mãe costurar, crochetar e tricotar nos dias de chuva. “A mãe puxava a máquina e consertava as roupas da família, também fazia algumas peças de roupas para nós. Enquanto minha mãe fazia crochê e tricô, minha vó fazia grinaldas e buquês para noivas. Então sempre foram áreas que me chamaram muita atenção, sempre admirei bastante esses trabalhos”, afirma Adriane.
Mas foi apenas na adolescência que ela aprendeu a fazer crochê e passou a confeccionar as próprias peças de roupas, entre elas, blusas, tops e saias. “A nossa família era humilde, não tinha condições de ficar comprando, então acabava confeccionando as minhas roupas de crochê”, acrescenta. 
Já adulta, ela cursava administração, quando apareceu a oportunidade de fazer um curso de costura, promovido pela prefeitura de Guaraciaba. Há época Adriane não tinha grande interesse pela arte da costura, mas por curiosidade participou do curso e se apaixonou.
“Fui para Anchieta em 2009 e trabalhava como costureira. Em 2010 comprei minha primeira máquina, uma overlock [a máquina efetua simultaneamente a costura e o chuleio, evitando que as bordas se desfiem]. Eu trabalhava com esta overlock e com uma máquina emprestada da minha sogra, aos poucos a gente foi adquirindo mais máquinas, mais equipamentos, estruturando um ateliê. Eu trabalhava durante o dia em uma fábrica, à noite e em alguns finais de semana fazia concertos e confeccionava algumas peças de roupas também. Mas na época era só como uma renda extra mesmo”, conta Adriane.
No final de 2013 o marido de Adriane, Fabio Biluca, ganhou de sua madrinha uma máquina de bordar, nisso surgiu a ideia mesmo de um empreendimento, transformar em negócio o que até então era uma renda extra. A ideia foi amadurecendo e em 2014 a família resolveu montar o Ateliê, desde então, fazem seis anos que a renda de Adriane vem exclusivamente do Ateliê “Desde novembro de 2016 a minha renda é exclusivamente das costuras, dos bordados, dos artesanatos. Há quatro anos meu marido também saiu do emprego que ele tinha e está me auxiliando. Atualmente a renda da família é praticamente só do ateliê”, conta.
A produção é mais voltada para a linha infantil, com a confecção de enxoval para bebês, desde fraldinhas, toalhinhas, toalhas de banho com capuz, mantas, cueiros, capas para bebê conforto e cadeirinhas, babadores e até as naninhas, que são um dos principais produtos comercializados. “A gente confecciona toda a naninha. Produzimos também a parte de casa e cozinha, toalhas de banho, rosto, panos de prato, capas de térmica, porta pratos, enfim, vários itens na linha de bordados e artesanatos”, relata.
Outros ramos que o ateliê engloba são as personalizações, bordados em camisetas ou bonés, por exemplo, e o turismo. “Estamos desenvolvendo itens que as pessoas que vêm visitar as rotas turísticas possam levar de lembrança de Anchieta. Ainda estamos investindo nessa área, mas já possuímos algumas peças neste ramo”, explica.
Hoje, junto do Ateliê, Adriane tem uma loja, onde vende os produtos que confecciona, tecidos e aviamentos. “Atualmente também faço parte da Associação Anchietense Tecendo Arte, inclusive estou como uma das sócias fundadoras. A Associação está dando os primeiros passos, mas é uma coisa que vem para agregar e auxiliar os artesãos de Anchieta. Através da Associação a gente consegue se organizar para ir às feiras, eventos, compartilhar experiências, histórias, compartilhar momentos com pessoas, com outros artesãos que tenham uma realidade parecida com a nossa”, finaliza.


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