29/07/2024 às 09h00min - Atualizada em 29/07/2024 às 09h00min

“A parte mais difícil foi ver todo o nosso esforço virar carvão...”

Nesta edição o jornal Sentinela traz a história do cedrense Fernando Christani, que teve o galpão de sua empresa, Maju Entalhes, consumida pelo fogo

Ruthe Kezia
São José do Cedro
No dia 8 de dezembro de 2023, houve um circuito em um dos galpões da fábrica, onde perderam toda a estrutura, além de máquinas de beneficiamento e todo o estoque de madeira. (Foto: Divulgação)
Nesta edição o jornal Sentinela traz a história de um cedrense que viu todo o seu esforço virar carvão, quando o seu galpão onde havia instalado sua fábrica de entalhe em madeira, pegou fogo.
Essa é a história de Fernando Christani, natural de São José do Cedro. Fernando nasceu dia 17 de junho de 1986, na linha Moquem, interior do Cedro. Desde muito jovem começou a trabalhar em uma fábrica de entalhe em portas e ali nasceu o seu gosto pela área. Anos depois, Fernando foi trabalhar em uma fábrica de móveis, onde ficou por anos como gerente de produção.
“Com o passar do tempo, decidi ser dono do meu próprio negócio, para poder dar a minha família uma qualidade de vida melhor”, explica Fernando. Em 2017 ele montou a fábrica Maju Entalhes e ali, juntamente com sua esposa, Michele Christani, começaram a produzir porta espeto, relógios entalhados e placas de sítio: “Com o passar dos anos, começamos a fazer também tábuas de churrasco rústica, com bolachas e com detalhes em resina”, conta Fernando.
Contentes com o crescimento diário da fábrica e realizados por agora poder dar condições melhores a seus filhos, durante uma madrugada o casal, Fernando e Michele, se depararam com uma tragédia.
No dia 8 de dezembro de 2023, houve um circuito em um dos galpões da fábrica, onde perderam toda a estrutura, além de máquinas de beneficiamento e todo o estoque de madeira: “Perdemos cerca de 40 metros de madeira seca. Por sorte o galpão onde tínhamos a parte da pintura e algumas máquinas para acabamento, não foi afetado e dessa forma conseguimos continuar fazendo algumas coisas”, destaca Fernando.
Aquilo que levaram seis anos para construir, perderam em questão de minutos. Fernando conta que mesmo continuando os trabalhos, tiveram que parar com a linha de tábuas rústicas, por falta das máquinas e madeiras.
Mesmo assim não desistiram e com a ajuda de familiares, amigos e vizinhos deram a volta por cima.
 
Dando a volta por cima
Os familiares, amigos e vizinhos, vendo a situação da família Christani, se ofereceram para ajudar. A vizinha da família, Thais Gheller, teve a iniciativa de começar uma campanha de doações via pix, depois os demais foram procurando Fernando e Michele para poder ajudar: “Além da campanha, com a ajuda da comunidade fizemos um almoço na linha derrubada baixa [interior do município] e por fim, Valdecir Christani [primo de Fernando] criou uma rifa física, onde muitas empresas da cidade doaram os prêmios”, conta Fernando. Ele destaca também que Maiko Junges, foi quem mais ajudou na rifa.
A mobilização e a compaixão das pessoas, impulsionaram o casal a levantar a cabeça e seguir em frente. Com essas ajudas, eles conseguiram reerguer o galpão e arrumar as máquinas que tinham concerto. “No momento estamos finalizando o galpão e instalando a rede elétrica. O próximo passo é repor a madeira para poder voltar a produzir normalmente”, relata Fernando.
“A parte mais difícil foi ver todo o nosso esforço virar carvão, além disso todas as nossas economias estavam aplicadas nas máquinas e na madeira que queimou”, declara ele. Fernando afirma que sua esposa, filhos, amigos e parentes foram sua fonte de inspiração para prosseguir: “Com a graça de Deus e de todos que nos ajudaram, estamos conseguindo voltar ao normal”.
Mesmo com limitações por falta de material, a fábrica segue fazendo o entalhe em madeira normalmente. Para Fernando o que mais lhe orgulha, é ver a alegria e a satisfação do cliente ao receber os produtos. Todas as peças são feitas sob encomendas.
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