26/08/2024 às 15h00min - Atualizada em 26/08/2024 às 15h00min

Tratamento alternativo em Guarujá

Em 2017 a administração municipal juntamente com a Epagri, iniciou o projeto Farmácia Viva, o qual dispõe de um horto medicinal para incentivar o cultivo e a distribuição de mudas

Ruthe Kezia
Guarujá do Sul
Em 2021 o Horto Medicinal foi reestruturado em forma de um relógio e atualmente conta com mais de 120 espécies implantadas, sendo que constantemente novas mudas são incorporadas. ASO/Jéssica Rebelatto
Após aumento na demanda de medicamentos sintéticos, a administração municipal de Guarujá do Sul juntamente com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), iniciou em 2017 o projeto Farmácia Viva. Como uma extensão do programa, o município instituiu o Horto Medicinal.
Os projetos têm como objetivo interagir com a comunidade guarujaense, incentivando o cultivo e a propagação de mudas, além de promover a conscientização sobre a importância da preservação da biodiversidade e orientar sobre o cultivo e identificação correta das plantas medicinais.
 
Horto Medicinal
O projeto do Horto Medicinal, iniciou em 2017 e está instalado atrás do clube dos idosos. Em 2021 ele foi reestruturado em forma de um relógio e atualmente conta com mais de 120 espécies implantadas, sendo que constantemente novas mudas são incorporadas.
Beatriz Kaktin é a responsável por cuidar do horto. Ela conta que cada canteiro simboliza uma parte específica do corpo: “Em cada canteiro colocamos uma plaquinha indicando que as plantas que estão dentro deste canteiro são para aquela parte específica do corpo”. Além de indicar a área, indica qual é o horário que o corpo humano irá produzir uma energia para aquela parte específica. 
A extensionista da Epagri, Diandra Paula Andreolla, relata que o Horto em formato de relógio segue os princípios da Medicina Tradicional Chinesa. Aliado ao uso de plantas medicinais, o relógio do corpo humano atua como uma ferramenta alternativa para a saúde e o bem-estar.
No Horto guarujaense, há canteiros com plantas específicas para tratar o fígado [das 1h às 3h] pulmão [das 3h às 5h], intestino grosso [das 5h às 7h], estômago [das 7h às 9h], baço e pâncreas [das 9h às 11h], coração [das 11h às 13h], intestino delgado [das 13h às 15h], bexiga [das 15h às 17h], rins [das 17h às 19h], circulação [das 19h às 21h], sistemas: digestório, respiratório e excretor [das 21h às 23h] e vesícula biliar [das 23h às 1h].
Beatriz conta que há dois anos, a procura pelo tratamento alternativo aumentou e que geralmente são pessoas na meia idade que buscam pelo tratamento: “Mesmo com o aumento da demanda, ainda há bastante rejeição. Alguns acham melhor comprar na farmácia, ao invés de usar um produto natural. As plantas aqui são para prevenir as doenças e não para a cura imediata”.
Após as plantas serem colhidas, Beatriz as leva até a Epagri para higienizar essas plantas: “O primeiro passo é a higienização e depois levo as plantas para a secadora para desidratar, elas ficam ali 48h”. Após desidratadas, Beatriz embala as plantas para deixar a disposição dos guarujaenses.
“Recebemos bastante o apoio da médica Valéria, ela encaminha alguns pacientes aqui e eu forneço um pacotinho com aquilo que está na receita”, relata Beatriz. Ela informa que as plantas e os pacotinhos podem ser retirados gratuitamente no horto ou na Epagri.
Diandra deixa o convite para quem desejar conhecer o Horto, pode visitar no período da manhã de segunda a sexta: “A visitação de grupos que desejam maiores orientações, deve ser agendada para melhor organização”, relata Diandra.
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