Férias e multa de trânsito Esta semana estou fechando a edição do Sentinela de longe, num hotel em Foz do Iguaçu. Aproveitei o recesso escolar da minha esposa que é professora para tirar uns dias de folga. Consigo fechar a edição impressa do Sentinela porque estou com uma equipe muito bem alinhada. Um muito obrigado ao emprenho e trabalho do Fernando Wazen, Gouglas Guerini, Sofia Bertolin, Alysson Antonietti e da Isolete Baginski. Apenas cinco dias, para aproveitar minha esposa e os meus filhos, renovar as baterias, rever a minha irmã Analiza que está morando em Nova Santa Rosa-PR. A Ana é madrinha da minha filha Lorena, que há meses pedia para ver a dinda. Nas nossas orações a Lorena pedia que o pai e a mãe trabalhassem o suficiente para comprar uma casa na mesma cidade da dinda. Pedido com uma inocência e pureza que me amolece o coração. Valeu a pena fazer trezentos e poucos quilômetros, criamos memórias. Tenho certeza que a Lorena renova laços com a dinda que ela tanto ama. Conhecemos a cidade de Nova Santa Rosa-PR que é belíssima, tem ruas largas, muito arborizadas, calçadas amplas com gramado e ajardinamento meticulosamente cuidados pelos moradores. Um exemplo! E detalhe, Nova Santa Rosa tem pouco mais de 8 mil habitantes.
Multa de trânsito Agora o que ultimamente azeda a viagem de qualquer um são os verdadeiros pés-de-porco que ficam escondidos numa moita, ou numa sombrinha dentro das viaturas da polícia. Estava viajando em família, fazendo média de consumo com o carro, pouquíssimas vezes passei do limite de velocidade, respeitando a sinalização rigorosamente. Mas há uns 8 ou 10 quilômetros antes de Realeza-PR, onde há um posto da polícia rodoviária, havia um destes pés-de-porco com estes secadores-de-cabelo em mãos. Estava lá, na janelinha do carro apontando para as placas de todos que passavam. Como é clássico nestes casos, não havia qualquer sinalização informando que poderia haver radar móvel por ali, mas havia placa indicando a velocidade máxima: 100km/h. Mais uma vez a indústria da multa agindo no Brasil. O presidente Bolsonaro até que tentou combater esta indústria, mas foi derrotado pela Justiça e pelo Congresso. Fato é que estava eu e logo na minha frente um Jeep Compass buscando um ponto de ultrapassagem para livrarmo-nos de um caminhão que mais parecia uma chaminé de olaria. Encontramos o ponto de ultrapassagem, faixa pontilhada e aceleramos dos 70km/h, logo chegamos aos 100, 120km/h; contudo concluímos a ultrapassagem na faixa contínua. Está aí uma coisa que os pé-de-porco sabem fazer minuciosamente, achar um lugar onde as engrenagens da indústria da multa funcionam a todo vapor. O limite de velocidade naquele trecho é de 100km/h, então acredito que não vão me multar por excesso de velocidade, mas a temida multa por ultrapassar em local proibido... esta não sei se me escapo. O código de trânsito é claro: iniciar ultrapassagem em faixa pontilhada e concluir em faixa contínua resulta em 7 pontos na CNH e mais R$ 1.500,00 de multa. Não tem como este tipo de coisa não azedar as férias de alguém. Tenho vários amigos policiais, Policiais com P maiúsculo que entendem que antes de qualquer lei ser feita, existe uma moral. Como cidadão, como pai, como motorista não consigo respeitar o cara que fica na moita esperando eu cometer um deslize - para dentro da lei - surrupiar meu suado dinheirinho. A indústria da multa não educa o motorista, ela aleija, lesa, estropia, mutila o condutor.
