A fala é do novo presidente do legislativo, Rafael Battisti (PP). A nova mesa diretora vai ser oposição, fiscalizando e cobrando o executivo, mas, segundo ele, o objetivo não é prejudicar o município. A eleição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Palma Sola ocorreu no dia 1º de janeiro. Duas chapas concorreram, a de situação, do vereador Antonio Schauren (MDB), e de oposição, do vereador Rafael Battisti (PP), popular Pakito, que foi eleito com cinco votos e conduzirá o legislativo no biênio 2023/2024. Pakito está em seu segundo mandato como vereador e é uma forte liderança do PP no município, agora como presidente do legislativo, ele fala sobre seus objetivos à frente da Câmara e como conduzirá seu mandato sendo oposição. O que podemos esperar da condução do legislativo? Sempre falei que tomo as decisões por convicção, não somente política e administrativamente, mas sempre levando em consideração aquilo que vai beneficiar a nossa população, principalmente ouvindo as pessoas. Lembro que me elegi pela confiança de 271 palmassolenses, contudo sou vereador do município e aberto a ouvir e a dialogar com todos. O que a Administração pode esperar da bancada de oposição? Já estamos aqui há dois anos, participamos da votação de muitos projetos, muitos deles polêmicos, onde talvez nós, vereadores da oposição, não precisássemos ter nos envolvidos da forma que nos colocamos, e a gente sem medo algum esteve lá, participou junto com a administração quando fomos solicitados e decidimos não partidariamente, e sim pelo bem do nosso município. Nosso objetivo é trabalhar pelo bem da população e fazer o nosso melhor. Pela proximidade com a bancada de oposição e sendo oposição a gente vai trabalhar sendo oposição, mas em momento algum e de maneira alguma pensando em prejudicar o município de Palma Sola. Mas no contexto geral falo em fazer oposição, no sentido de fiscalizar, cuidar e cobrar. É fazer o que o vereador tem que fazer. O vereador da base foi eleito para cobrar também, mas sabemos que ele tem menos poder ativo na cobrança, pois como ele vai bater em um companheiro! Você fala em projetos polêmicos, quais são eles? A situação do salário das professoras há um ano, algumas situações da Rua Coberta, onde por mais que alguns colegas fossem contra, não travamos o desenvolvimento e crescimento do município. A rua em frente a nossa Câmara, que ficou estreita por conta do estacionamento oblíquo. Inclusive conversei recentemente com engenheiro da prefeitura sobre isso, pois a população nos cobra uma resolução, nós vivemos isso no dia-dia, estando a frente do mandato a gente não pode deixar passar em branco. Nós vamos cobrar o poder executivo para que se resolva. Acho que falta na administração hoje, como sempre diz o nosso ex-presidente Clair Munaro, um envolvimento um pouquinho maior com o legislativo. É preciso que o Poder Executivo converse mais com o Poder Legislativo. Em relação ao Plano Diretor, conversamos com a Secretária de Gestão para tirar dúvidas, compreendemos o que é o Plano Diretor e a sua importância, este projeto está na casa e vai andar. Temos algumas restrições pois somos um município que está se arrastando. O Censo acaba de divulgar que perdemos mais uma vez, pouco, mas perdemos população. Não conseguimos ser atrativos para que outras pessoas venham morar em Palma Sola e a nossa população jovem acaba indo buscar oportunidade em outras cidades. Então precisamos do Plano Diretor, do código de postura e do código de obras para dar condições para a população investir aqui e não ser penalizada. O que acontece com a maioria dos projetos é que temos que dividir um pouco a responsabilidade. A da nossa população de investir cumprindo os códigos e do município de cobrar de todos, sem nenhuma distinção. Mas aí o município não pode querer resolver um problema de 20 anos atrás cobrando tudo de uma vez, a exemplo das calçadas. Jamais devemos travar o crescimento do município, mas sim dividir as responsabilidades. O município cede de um lado, a população cede de outro, pra gente ter um meio termo e fazer com que Palma Sola cresça. Recentemente eu estava em São Miguel do Oeste com minha família, na Praça principal da cidade, e algo que não deixamos de notar foi a quantidade de árvores. Aqui em Palma Sola fomos perdendo isso ao longo dos anos, na avenida por exemplo, temos algumas arvorezinhas no canteiro central que não fazem sombra alguma. Acho que seria interessante ter um programa de rearborização no nosso município. Palma Sola é conhecida como Cidade Bonita e as árvores e flores, além de trazerem beleza, a longo prazo seriam um bem para o município.