A Secretaria de Educação de Campo Erê dedica um cuidado especial aos estudantes que possuem necessidades alimentares específicas, seja decorrente da faixa etária, alergias ou intolerâncias alimentares, a partir da oferta de uma alimentação saudável e nutritiva. No Centro Municipal de Educação Infantil Odila Marcolina de Lima, por exemplo, são atendidas crianças de 3 meses a 3 anos e 11 meses, para atender as necessidades alimentares das crianças são preparados diariamente, cinco cardápios diferentes. “Temos alunos nas modalidades de ensino regular, que recebem duas refeições, também no ensino integral, onde são atendidas 22 crianças, estas recebem cinco refeições”, relata a diretora do CEI, Marinês Debiasi. “Tanto no regular quando no integral atendemos o berçário, que tem uma alimentação específica, crianças que têm algum tipo de alergia alimentar e crianças que têm diabetes tipo I, então são mais três preparações diferentes para entender esse público”, acrescenta. Os cardápios são elaborados pela nutricionista da Secretaria de Educação, Marina Bernardi, que explica as principais diferenças entre os cardápios. “Sempre ofertamos legumes e verduras, no caso de preparações de bolos ou sagu não utilizamos açúcar. Eles adoram, comem muito. No caso das crianças que têm intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite, as preparações são feitas separadamente. Temos alguns ingredientes como leite zero lactose, biscoito zero lactose, e produtos sem o APLV (proteína do leite) para quem tem alergia. Temos ainda o leite em pó, específico para quem tem intolerância à lactose”, explica a nutricionista. Ainda segundo ela, para as crianças que possuem diabetes tipo I, as porções dos alimentos são sempre pesadas. “Temos duas alunas aqui no CEI, uma delas possui bomba de infusão, em conversa com os pais, optamos por ofertar apenas a fruta para ela, mesmo assim, é tudo pesado e controlado pelas nossas merendeiras Elizete e Patrícia”, relata Marina. O outro cardápio diferenciado, é o dos bebês. A alimentação deles é preparada exclusivamente pela merendeira Noelene, em uma cozinha separada. “Temos o leite Nan e o leite de caixinha ofertados pelo município, em situações específicas os pais trazem o leite que ofertamos as crianças. A alimentação dos bebês é feita à parte, na minha cozinha, porque é feita sem sal e temperos”, descreve a merendeira.
De onde vem o alimento A compra dos produtos da alimentação escolar é realizada mediante licitação, o processo é válido por um ano. Ainda é realizada anualmente uma chamada pública para que o município realize a compra dos alimentos frescos diretamente dos agricultores locais. “Para a licitação, solicitamos sempre amostras dos produtos às empresas participantes para verificar a qualidade dos produtos. Da agricultura familiar compramos muitos produtos, desde carnes até produtos panificados, legumes e verduras. Esses produtos são recebidos em um depósito central e encaminhados para as nossas nove escolas municipais”, acrescenta a nutricionista. Entre os produtos adquiridos, Marina cita o cacau 100%, utilizado nas creches e CEI’s para substituir o chocolate em pó, utilizado na preparação de bolos e vitaminas. A substituição visa adequar a resolução nº 06/2020 do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que proíbe uso do açúcar em escolas para crianças de até 3 anos. “Nós ainda trabalhamos com azeite de oliva para temperar as saladas e manipular a comida dos pequenos. Temos ainda os biscoitos sem açúcar e sem adoçante, que vem para a alimentação escolar. É uma vasta quantidade de alimentos, de alta qualidade, tanto minimamente processados quanto in natura”, enfatiza a nutricionista. Marina e Marinês fazem um agradecimento especial às merendeiras Noelene, Elizete e Patrícia, pelo empenho e cuidado na preparação das receitas. “Com cuidado e carinho, certamente o alimento é muito muito mais saboroso e saudável”, finalizam.