26/03/2020

VÍDEO: Sulflorense foi infectado pelo Coronavírus na Espanha

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Natural de Flor da Serra do Sul, Allann Müller Moroni, filho de Nilton, o atual dono do supermercado Moroni de Flor da Serra, está morando na Espanha há alguns anos, em uma cidade chamada Moaña, localizada no noroeste da Península Ibérica, próxima da fronteira com Portugal. Ele como tantos outros, foi infectado pelo vírus que tem assombrado a vida de muitos e até o momento levado a óbito mais de 19 mil pessoas em todo o mundo.

Segundo Allann, tudo começou há cerca de 15 dias, em uma viagem de retorno à Espanha, onde junto de outros membros da família, realizaram um almoço. “Ainda nesses dias, existia apenas 500 casos confirmados no país. É claro que 500 casos no meio de 46 milhões de habitantes, poucos se importaram. Não que não levássemos a sério, ‘mas isso não acontece com a gente, acontece com os outros’. Se reunimos e nesse mesmo dia, infelizmente, eu e mais 15 integrantes da família da minha esposa fomos infectados. Todos apresentaram os sintomas. Cinco desses estão internados e precisam de máquinas para poder respirar. Os outros, como não estão com sintomas graves – problemas sérios para respirar e febre alta – nem é aconselhável ir ao hospital pois está tudo saturado, a maioria de nós fica em casa tentando aguentar”, conta Allann.

Ele conta que entre os sintomas apresentados se destacam: problemas de respiração, perda do paladar, do olfato, tosse, dores de cabeça, dores no corpo, fraqueza e um dos infectados também apresentaram náuseas. “Eu particularmente, continuo tendo um pouco de dificuldade para respirar. Acredito que estou 99% recuperado, graças a Deus. Ainda não sou capaz de sentir nenhum cheiro e meu paladar está voltando pouco a pouco. A tosse já reduziu bastante. As dores no corpo tem diminuído. Aqui em casa eu não fiz o teste, apenas minha cunhada fez, tivemos os mesmos sintomas, só que ela teve náuseas também. Tivemos que levá-la para o hospital porque estava vomitando muito, fizeram o teste e deu positivo. Obviamente todos nós estávamos contaminados”, continua.

“Acredito que o grande problema é o número de pessoas que são positivos mas que são assintomáticas – que não apresentam os sintomas – porque ninguém sabe onde elas estão e quando vê todo mundo pegou – que foi o que aconteceu com a gente. Ninguém tinha nada no almoço e dez dias depois todos começaram a apresentar os sintomas”, esclarece complementando que no início, alguns espanhóis não levaram a sério e outros sim. “Mas é claro, ninguém acha que isso vá chegar até você. Hoje infelizmente, na situação que estamos vivendo, mais de 47 mil pessoas infectadas, na verdade, sabemos que é muito mais, pois por exemplo, aqui em casa mais de 15 apresentaram os sintomas e só seis estiveram no hospital fazendo os exames. E os outros que com certeza tem o vírus mas não saem nos dados oficiais”, explica o sulflorense.

No entanto, as brincadeiras referente ao novo Coronavírus tem diminuído e praticamente todos estão levando a sério a gravidade do assunto e deixando de duvidar da total existência desse vírus que tem assombrado a vida de muitos no mundo inteiro. No momento, ainda não se sabe quanto tempo leva para os sintomas desaparecerem, e essa dúvida faz parte do dia a dia de Allan e também de outras pessoas já contaminadas. “Encorajo meus amigos sulflorenses, palmassolenses e da região, para que se cuidem, pois esse vírus é pior do que parece, ele é altamente contagioso e os sintomas não são fracos não. Eu posso assegurar que não é uma gripezinha e que os sintomas são dolorosos. Levem a sério e façam todo o esforço para não estar perto de outras pessoas para que possamos controlar o contágio”, finaliza Allan.

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