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13/04/2020

Vídeo: Silvio já foi usuário da cloroquina

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Médico afirma que o seu uso é eficaz no combate a Covid-19, mas só deve ser ministrado em pacientes comprovadamente com o novo coronavírus e monitorado por profissionais. https://sentineladooeste.com.br/inicio https://www.instagram.com/jornalsentinela/ https://www.facebook.com/sentineladooeste/

Médico atuante em Palma Sola há mais de 40 anos, Dr. Sílvio Antônio Neugebauer, destaca que a cloroquina é um dos medicamentos que surgiram no combate ao novo vírus, associados a azitromicina - antibiótico usado no tratamento de várias infeções bacterianas. Por mais que tenha tido bons resultados, o uso ainda não é seguro, por apresentar nos pacientes – em larga escala – reações colaterais e principalmente, arritmias cardíacas.

“Existem relatos que houve uma boa evolução do medicamento e que já houve a cura e referente a isso, eu concordo com o que o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta diz sobre o medicamento, ‘para não usar em larga escala, pois pode-se ter reações adversas’, e isso pode causar mais problemas do que o próprio vírus a população”, destaca o médico complementando que deve ser usada em pacientes já internados e com monitoramento na parte cardíaca, em função das possíveis arritmias.

 O que é a cloroquina

Utilizada para tratar malária há mais de 70 anos, em 1970, observou-se resistência ao medicamento. E por esse motivo, hoje a cloroquina é usada para somente um tipo de malária - a vivax - mais comum no Brasil. O remédio está disponível em duas apresentações no país: o sal de cloroquina (ou disfosfato de cloroquina) e a hidroxocloroquina, que também é indicada para doenças reumatológicas como o lúpus e a artrite reumatoide. Um dos efeitos do remédio é modificar o pH de vesículas que estão no interior das células. Isso prejudica a produção de partículas que o vírus precisa para drez -  de 2020 EÇAS OLADOR  se multiplicar. Assim, ele acaba não se reproduzindo e a infecção é controlada.
 
Mesmo com bom resultado, o uso não é seguro

Usada contra malária, a droga é alvo de mais de 20 pesquisas ao redor do mundo e tem se mostrado muito eficaz no combate ao Covid-19. Em um recente estudo do Instituto Mediterrâneo de Marselha, na França, por exemplo, o uso foi capaz de eliminar o vírus do organismo de 70% dos pacientes após seis dias de tratamento. Embora os resultados preliminares estejam entusiasmando médicos e a cloroquina tenha uma potente ação anti-inflamatória, que pode ser útil nesse momento de crise, o fato é que o uso da substância contra o vírus ainda não é seguro. Por isso os estudos devem avançar com calma.
Não há recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso desse medicamento em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo vírus. E ainda, a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.
 
 “No momento em que o paciente está em um hospital ou Uti e faz o uso dessa medicação, havendo as reações colaterais será na hora identificado e com certeza, abolido o uso. Acredito na eficácia desse medicamento, mas a segurança é duvidosa, desta maneira, deve-se ser usado em pacientes muito bem monitorados. Para Silvio, a cloroquina realmente surte efeito no vírus”, enfatiza o médico palmassolense.
 
Não corra para a farmácia

Por mais que o uso desse medicamento seja promissor, as pessoas não devem promover uma corrida às farmácias para comprar a substância. Além disso, o disfosfato de cloroquina não será encontrado nas drogarias. Isso porque esse é um medicamento controlado pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária. Já a hidroxicloroquina até é possível achar nas farmácias. No entanto, ela é muito importante para tratar pacientes com artrite reumatoide e se as pessoas sem a doença – coronavírus – começarem a usar sem indicação, vai faltar medicação para quem realmente precisa.

Usuário da cloroquina

Há seis anos atrás Dr. Sílvio foi usuário da cloroquina para o tratamento de um problema reumático e logo que começou a apresentar alterações cardíacas, procurou o médico que havia receitado e no momento cancelou o uso do medicamento. Segundo ele, além dos cuidados referentes ao uso, deve-se também prestar atenção em ambientes ambulatórios e com pouco cuidado, pois a gravidade das reações pode fazer com que o paciente seja levado a óbito. E ainda, a cloroquina deve ficar longe do tratamento de pacientes assintomáticos ou com sintomas leves. “Deve-se usar apenas em casos graves”, explica.
 
Medidas necessárias e comércios abertos

Na visão de Sílvio, se adotada todas as medidas de proteção referente ao vírus, todos os setores comercias podem funcionar normalmente. “Assim como os setores que não pararam, os comércios não deveriam ter parado também, vejo que não há motivos se adotada as medidas. A segurança é necessária, pois não sabemos de onde vem e nem pra onde vai essa pandemia, mas se afastar os pacientes de risco e cuidar dos que estão saudáveis, tudo ficará mais fácil e evitaremos uma crise mundial”, esclarece Sílvio.

Para ele, em locais de muitas filas, deveria ser adotada a medida de afastamento – mínimos 1 ou 1,5m – e continuar o atendimento, nem que fosse por mais tempo. “Todos sabemos que a cultura do brasileiro é de aproximação. Chega e cumprimenta, principalmente os italianos, pois os alemães são mais quietos neste sentido. E não tem o que fazer, afastar um do outro é motivo de guerra pra uns”, continua.

“Estava lendo um depoimento de uma médica de São Paulo que disse que esse é o pior momento que estamos passando, pois não sabemos se vai piorar ou melhorar. Esperamos que melhore, mas pelos dados estatísticos e a prova que elas estão sendo feitos, deve ser levados em consideração. Não sabemos de onde vem e nem pra onde vai, é um inimigo invisível para todos”, finaliza o médico ressaltando que os cuidados com a saúde não devem ser esquecidos.


 

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