O biólogo e influenciador Richard Rasmussen participou da 1ª Expo Palma Sola, onde realizou uma palestra sobre os desafios do agronegócio. Em entrevista ao jornal Sentinela do Oeste, falou sobre sua visão do agro no Brasil e no mundo, destacando a necessidade de combater as narrativas que, segundo ele, distorcem a realidade da produção agrícola brasileira.
Richard afirmou que o agronegócio nacional enfrenta hoje uma “guerra comercial” disfarçada de debate ambiental. Segundo ele, enquanto países como Estados Unidos e nações europeias já atingiram o limite de expansão agrícola, o Brasil ainda cresce com produtividade e preservação. “A gente começou a acreditar que o agro destrói as florestas e que o peido da vaca é o vilão do planeta. Mas o problema é muito mais político e comercial do que ambiental”, disse.
O biólogo destacou que o Brasil utiliza apenas cerca de 8% do território para agricultura e que, mesmo assim, figura entre os maiores produtores de grãos, café, proteína animal e cítricos do mundo. “Com 8% agricultado, somos líderes mundiais e ainda temos áreas de pecuária que podem ser convertidas em lavoura sem desmatar um único metro de floresta”, afirmou. Ele lembrou que o Código Florestal brasileiro obriga produtores a manter de 20% a 80% das áreas como reserva legal, algo inexistente em outros países.
Comparando com o exterior, Rasmussen foi direto: “Nos Estados Unidos eles plantam até a beira do rio, contaminando a água com nitratos. Aqui, nós temos lei que protege as matas ciliares. Estamos anos-luz à frente em sustentabilidade”.
Durante a entrevista, o biólogo também ressaltou que o agro de hoje é completamente diferente do de décadas passadas. “Há 50 anos era outra realidade. Meu avô pescava e tirava tudo do rio, hoje é pesca e solta. A evolução chegou também no campo. O novo agro é tecnológico e sustentável”, afirmou.
Richard criticou a postura de países europeus que, segundo ele, “ocupam todo o território com lavouras e agora querem apontar o dedo em críticas ao Brasil”. E concluiu: “Não é justo criticar quem está fazendo certo. O Brasil produz mais e melhor, mantendo suas florestas em pé e com excelentes planos de manejo florestal”.
Ao falar sobre o futuro, Rasmussen foi otimista. Para ele, o agronegócio brasileiro continuará se destacando mundialmente. “Se deixarem a gente trabalhar, só tende a melhorar. O que está sendo desenvolvido de tecnologia no Brasil é um absurdo. O agro é, e vai continuar sendo, a coluna vertebral do país”, finalizou.