Paixão por ciclismo

No dia 29, Jaison José de Oliveira chegou à Palma Sola com sua bicicleta e sua cachorrinha Luna. Estava a caminho de completar uma rota, que iniciou na Serra do Rio do Rastro localizada no sul catarinense e que terminará na sua cidade natal, Indaial, mas antes, passará por Foz do Iguaçu e outras cidades do Paraná, até decidir outro destino.
Jaison percorreu 555,7km entre a Serra do Rio do Rastro até Palma Sola, estimou ter pedalado cerca de 30 horas, parando poucas vezes. Ele conta que prefere seguir, até chegar aos destinos, suas paradas são em postos de combustíveis para suprir suas necessidades. Para dormir monta seu acampamento (com direito a barraca e fogueira) para descansar durante a noite.
Para ele, é emocionante conhecer novas cidades e acampar por alguns dias, pois sente-se em casa. Jaison é natural de Indaial-SC, possui 38 anos e vive do ciclo turismo há 10. Saiu de casa na adolescência para trabalhar e fazer sua vida, mas sempre soube que ela seria em cima de duas rodas, desbravando e se apaixonando pelo mundo e suas belezas. Sua mãe é a única da família que mantém contato, atualmente ela está em Indaial. Ele destaca que sente saudades e logo irá visitá-la.
Encontramos com ele no dia 30, no Posto 2 Amigos, concertando o meio de transporte da Luna, uma carrocinha tão bem equipada quanto sua bicicleta. “Todos possuem algo que os deixam felizes, a minha alegria é isso, pedalar longas distâncias. A sensação é incrível, todos os dias eu acordo em lugares diferentes, vendo paisagens e pessoas diferentes. Existem partes ruins, obstáculos e momentos de medo, mas minha força vem da paixão por viver desse modo e não pretendo largar de jeito algum. Sou literalmente louco pela estrada. Vale a pena viver essas experiências”, conta o ciclista constatando estar um pouco cansado depois do pedal, mas com tudo pronto e ansioso para chegar no próximo destino.
Jaison traz consigo o necessário: barraca, cobertores, garrafa térmica, panelas, um mochileiro (fogareiro próprio para acampamento), algumas roupas e produtos de higiene, mantimentos para a Luna e uma bagagem imensa para guardar as lembranças de cada lugar que passa. “Me mantenho do apoio que recebo das pessoas, em muitos lugares eu recebo comida e água. Quando você vive apenas do básico consegue viver em qualquer lugar, porque é o conforto que sai caro”, finaliza com um sorriso no rosto, acariciando sua companheira de viagem.
 

Sentinela