26/09/2020 às 09h31min - Atualizada em 26/09/2020 às 09h31min

Torre eólica deve gerar energia para 900 residências

A segunda torre eólica do Oeste, deve gerar energia a partir de agosto. Investimentos ultrapassam R$ 10 milhões

Da redação com colaboração da Rádio Integração / TV GC / Rede Peperi / Atlantic Energias Renováveis S.A. / DI Online / Oeste em Foco / Tribuna do Norte
Instalada há cerca de três anos, a segunda torre eólica do Extremo Oeste, localizada numa propriedade privada da Linha São Domingos, às margens da BR-163, em São José do Cedro, deve começar a produzir energia a partir de novembro deste ano. Marco Aurélio Quadros, sócio da empresa Energética Vento Meridional Oeste – LTDA, responsável pela instalação, adianta que o Aerogerador deve gerar energia para cerca de 900 unidades consumidoras residenciais.
Os investimentos para a instalação ultrapassam R$ 10 milhões. “Estamos na fase final da instalação da conexão elétrica, com a rede da Celesc, que já está instalada até a frente da subestação, que fica no centro da cidade. A previsão é que em torno de 30 a 60 dias todos os equipamentos estejam instalados, e depois disso faremos testes num período de 15 dias, já produzindo energia. Neste cenário, acreditamos que em novembro o equipamento esteja operando integralmente. E ai, graças a Deus e muito trabalho superamos o desafio de instalar a primeira torre no Oeste catarinense”, destaca.
 
Escolha do local de instalação
 O responsável técnico pela instalação, Anderson Rossette, relembra que o projeto iniciou em 2012 com os primeiros estudos de vento na região e análises da viabilidade. Conforme ele, foi analisado a consistência do vento local, além da viabilidade técnica e prática para a instalação. “Um dos fatores importantes para a escolha do município cedrense, foi o ponto de conexão na subestação da Celesc. Além disso, verificou-se que o local tinha um vento favorável para o tamanho do Aerogerador, e era de fácil acesso, visto que o local fica às margens da BR”, continua.
 
Andamento dos trabalhos
De acordo com o sócio da Vento Meridional, houve um atraso no cronograma de operação, por conta da pandemia. “Fomos obrigados a desmobilizar cinco empresas que estavam contratadas para essa última fase. A nossa dificuldade foi no retorno das atividades graduais, e conforme a pandemia foi se normalizando, encaixar as cinco empresas nos trabalhos, num período que todas pudessem vir, porque elas não trabalham sozinhas, há algumas que precisam trabalhar em conjunto. A primeira equipe já fez a instalação de uma série de equipamentos elétricos, tanto próximo da torre, quanto na subestação. Após toda a instalação, começaremos as testagens em cada equipamento. E por fim, ligando a torre, começaremos os testes de produção de energia”, frisa.
 
Perspectiva de produção
Marco explica que esse Aerogerador é capaz de gerar 900kw de energia – suficiente para abastecer 900 residências familiares de baixa renda – que será integrada e distribuída pelas redes de transmissão da Celesc. “É um número bem significativo”, comemora. “Somos um projeto pioneiro no país. Ninguém nunca instalou uma torre única, que pudesse ter 900kw de potência. Normalmente, as pessoas são acostumadas a irem naqueles grandes parques eólicos. Acreditamos no potencial de parques menores, e fizemos esse primeiro projeto, que é piloto em todo o país”, declara.
Por ser um projeto inédito, a empresa presenciou constantes desafios. “Toda vez que você inova, você irá ter mais dificuldade e com certeza vai errar mais. Se a torre está aqui instalada, é porque acertamos mais do que erramos, mas no mesmo tempo é um grande aprendizado”, diz.
 
Demanda e novas instalações 
O projeto demorou para ser executado for diversos fatores, entre eles, os equipamentos, que são todos importados. “Tivemos todo o transtorno de trazer um equipamento desse porte, fazer a obra e instalar, e tivemos alguns contratempos. Estamos neste projeto há quase três anos, com essa curva de aprendizado temos a perspectiva de instalar mais algumas unidades aqui, aproveitando essa linha de transmissão”, enfatiza acrescentando que o equipamento já instalado comporta, em termos de capacidade, a instalação de outras seis torres do mesmo tamanho.
“Não quer dizer que vamos instalar, mas que ela tem condição de transmitir energia até a subestação pra essa faixa de potência. Temos interesse de ampliar o número de Aerogeradores e vamos observar o comportamento da produção desse equipamento. Temos um plano de negócio de realmente fazer a expansão desse parque, aproveitando a capacidade de conexão que já foi implantada neste momento”, explica.
 
Ponto turístico
Em relação a torre eólica estar entre as novidades do município, algumas vezes é tratada como um possível ponto turístico, muitos munícipes estiveram interessados em conhecê-la, principalmente pelo tamanho do equipamento. Para Marco, a indicação é que não se aproximem da localidade. “Peço para que as pessoas evitem chegar perto da torre. Ela é grande o suficiente para poder ser observada de longe. Até porque, quanto mais perto, pior a visualização. É um equipamento energizado potencialmente, e como está instalado numa propriedade privada, pedimos para que mantenham distância, por questão de segurança”, enaltece.
Marco finaliza esclarecendo que logo após a última instalação, toda a área será cercada e protegida. “Será proibida a aproximação, devido já todo o equipamento já estar ligado e energizado. Como é uma propriedade privada, com um dono em específico, pedimos que as pessoas não venham aqui acumular lixo. Queremos que tenham o mesmo cuidado, como se fosse em sua própria casa”, acrescenta.
 
 
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