22/07/2021 às 11h15min - Atualizada em 22/07/2021 às 11h15min
A calçada virou lixeira
Campo Erê sofre com falta de lixeiras e as pessoas acabam depositando lixo e entulho nas calçadas
Da redação
Sofia Bertolin: Na rua próxima à escola estadual Garrastazu Médici, o lixo se acumula na calçada, já que não existe nenhuma lixeira. Assim como outras cidades da região Campo Erê vem sofrendo com déficit de lixeiras nas ruas da cidade. As pessoas não possuem um local adequando para descartar o lixo, que acaba jogado nas calçadas acumulando sujeira e atraindo animais que espalham ainda mais lixo pela cidade. O vice-prefeito Jucemar de Mello, mais conhecido como Roque, conta que o município está buscando uma solução para o problema.
“Através da Secretaria da Cidade pretendemos comprar cerca de 80 lixeiras, que serão colocadas em áreas pontuais no município. Além disso queremos desenvolver um programa de conscientização sobre manter a cidade limpa” explica Roque.
Ele ainda fala que a prefeitura pretende instalar lixeiras altas e fixas para evitar depredação e animais revirando o lixo. “Quem faz a coleta de lixo no município é a Tucano, eles acabam empilhando o lixo em uma ponta da rua antes de realizar a coleta, muitas vezes os animais rasgam as sacolas, a Tucano não recolhe os lixos abertos e a rua fica suja. Estamos dialogando com a empresa para que essas situações não se repitam” acrescenta ele.
Coleta seletiva Roque explica que há muitos catadores de lixo no município. “Estamos tentando juntá-los e formar uma espécie de cooperativa. Temos alguns projetos em mente para a construção de um barracão e compra de uma prensa. Para que isso aconteça pedimos que a população separe o lixo. Com a instalação das novas lixeiras será possível fazer a coleta de modo seletivo. Também queremos realizar algumas campanhas nas escolas sobre a importância da separação e descarte correto do lixo" diz Roque.
Coleta de entulhos Em Campo Erê a prefeitura é responsável pela coleta de entulhos de construções, que também está se tornando um problema. Inicialmente a prefeitura recolhia os entulhos nas quintas-feiras, agora a coleta ocorre de duas a quatro vezes na semana. “Não estamos mais vencendo e isso acarreta despesas com diesel, máquinas e funcionários. Perdemos muito tempo que poderia ser gasto embelezando a cidade e fazendo novas tubulações para evitar alagamentos, mas precisamos recolher os entulhos. Queremos a cidade limpa mas precisamos da colaboração da população. As vezes recolhemos o entulho em um dia, no outro já tem mais entulho no mesmo lugar e ele precisa ser recolhido novamente” desabada o vice-prefeito.
Vale ressaltar que muitas pessoas acabam acumulando móveis velhos e juntam lixo em volta de suas casas trazendo transtornos e possíveis doenças como a dengue. Por isso a prefeitura incentiva o descarte dessas quinquilharias.
No momento não existe um local apropriado para descartar o entulho. Quando não há pedaços de ferro e pregos ele é utilizado nas estradas do interior, e em outras vezes é doado a quem precisa de entulho para dar a sustentação de um muro ou fechar uma vala. O restante é armazenado pela prefeitura.
“Há pessoas vendo a possibilidade de transformas esses entulhos em adubo, quem sabe no futuro isso seja uma realidade para nós. Acredito que os municípios pequenos da região terão que se unir e achar uma forma de usar e utilizar esses entulhos a nosso favor. Mas será necessária essa união pois produzimos muito entulho e uma hora não será possível destinar esse lixo. Por ser um município pequeno não temos uma empresa que disponibiliza contêiner por exemplo, para o depósito do entulho. Enquanto não tiver faremos esse serviço” diz Roque.
G
alhos de árvore A prefeitura também recolhe galhos, como é orgânico é mais fácil fazer a destinação correta desse material. “Os galhos são armazenados para se decompor e virar matéria orgânica, que pode ser usada na adubação de canteiros” explica Roque.
O vice-prefeito agradece as pessoas que colaboram separando o lixo e tem a paciência de esperar pelas novas lixeiras.