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17/12/2021 às 08h52min - Atualizada em 17/12/2021 às 08h52min

Ressignificando cicatrizes

Por meio do projeto Ressignificar, a tatuadora Daniela irá cobrir cicatrizes causadas por agressão e automutilação

Da redação
Sentinela
Daniela Vaz mora em Campo Erê e é tatuadora há cerca de três anos. Hoje ela é proprietária do estúdio CACTOOS Tatuaria, para 2022, Daniela preparou um projeto muito especial, chamado de Ressignificar, que tem objetivo de cobrir cicatrizes causadas por agressão e automutilação. 
“Muitas mulheres vítimas de violência doméstica ou de automutilação me chamam e fazem orçamentos de tatuagem para cobrir cicatrizes. Por ser uma cicatriz é preciso desenvolver um desenho especial, que se adapte à pele, além disso dá bastante trabalho, então o valor é mais alto. Quando eu percebo que é um caso assim, eu cobro menos, mas ainda assim elas não marcam a sessão”, explica Daniela.
“Já atendi uma mulher, que o marido quebrou uma garrafa e cortou o braço dela, mas o que mais vem são pessoas que se automutilaram e tentaram suicídio, elas vêm para cobrir estas cicatrizes e ressignificar aquilo, transformar em algo bom”, relata a tatuadora.
Percebendo estas situações, foi crescendo a vontade de fazer algo por estas mulheres, daí surgiu o projeto Ressignificar. Por meio dele, Daniela faz a cobertura de cicatrizes de forma gratuita. “Sempre quis fazer um projeto assim, mas não dava, agora com o aumento no movimento consigo cobrir os custos com materiais. Para 2022 vou atender uma mulher por mês, então serão 12 mulheres, pra frente pretendo atender mais”, destaca a tatuadora.
Para participar do projeto, Daniela irá disponibilizar um e-mail, onde as mulheres podem mandar fotos da cicatriz e contar um pouco de suas histórias, o que causou a cicatriz ou a faze que estavam passando. “Quero que elas se sintam à vontade, lembrando que nenhuma mulher terá sua história exposta, não vou divulgar nada”, afirma Daniela. Na metade de dezembro, ela abre sua agenda para o próximo ano e as mulheres já podem mandar suas histórias. “Assim já seleciono alguém para tatuar em janeiro”, destaca ela.
A tatuadora ainda pretende desenvolver outro projeto. “No próximo ano não vai dar e para desenvolvê-lo preciso buscar mais parcerias. Quero fazer tatuagens de tipo sanguíneo para bombeiros e policiais, pessoal da saúde, diabéticos e pessoas que possuem outras doenças”, conta Daniela. 


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