ASO/Sofia Bertolin Recentemente, a Vigilância Sanitária determinou que os hospitais implementassem o Protocolo de Manchester, é um dos métodos de triagem de pacientes mais eficazes do mundo. O protocolo foi implantado no Hospital Filantrópico de São José do Cedro após parceria com o Instituto Santé.
O administrador do Hospital Palma Sola, que está implantando o método, Thiago Luchezi explica como será feita a triagem e os seus desafios.
O protocolo
O Protocolo de Manchester consiste em uma triagem de classificação de risco, na qual a gravidade dos casos é determinada por cores. Os profissionais de saúde devem realizar uma avaliação sobre o quadro clínico em que o paciente se encontra e colocar nele uma pulseira com a cor correspondente à gravidade do caso. Dessa forma, é possível organizar o atendimento para que os mais urgentes sejam atendidos primeiro.
“Nossa equipe de enfermeiras e técnicas em enfermagem receberam treinamento para executar esse método de triagem. A triagem já acontece no hospital no dia-dia e agora foi formalizada. O hospital é destinado para urgências e emergências, por isso em grandes centros o método de Manchester já funciona há muito tempo, agora estamos colocando em prática aqui na cidade e vamos ver como será na prática”, relata Thiago.
Ele reforça que o por Palma Sola ser um município pequeno o protocolo não foi implantado antes, mas que agora é necessário seguir as exigências da Vigilância Sanitária. O hospital está e sempre estará à disposição da população, a mudança no protocolo de triagem vem para agregar e organizar o fluxo de atendimento.
As cores
Vermelho: É destinada aos pacientes que se encontram em estado gravíssimo e com risco de morte, os quais necessitam de atendimento imediato, como quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, problemas respiratórios, ataque cardíaco, crises de convulsão, lesão no cérebro, tentativa de suicídio, hemorragias incontroláveis, entre outros.
Laranja: Essa cor é para casos considerados muito urgentes e com risco significativo de morte. O tempo de espera aproximado é de até 10 minutos. Abrange casos, como arritmia cardíaca e dores severas, entre outros.
Amarelo: Abrange os casos urgentes de gravidade moderada com necessidade de atendimento médico, mas sem riscos imediatos. O tempo de espera é de até 50 minutos e classifica casos de desmaios, dor moderada, vômito intenso, crises de pânico, hemorragia moderada, picos de hipertensão, alteração dos sinais vitais, entre outros quadros clínicos.
Verde: A cor verde é para casos considerados menos graves. O tempo de espera pode ser de até 2 horas e abrange pacientes com dores leves, torcicolo, enxaqueca, estado febril sem a presença de alterações vitais, resfriados e viroses, náuseas e tonturas ou hemorragia controlada.
Azul: Representa a classificação mais simples para casos que o paciente pode aguardar atendimento ou ser encaminhado para outra unidade de saúde. O tempo de espera pode ser de até 4 horas e envolve pacientes com queixas de dores crônicas, aplicação de medicação com receita e troca de sondas.
Sobre o tempo de espera
O tempo de espera diz respeito ao tempo máximo que o pascente pode aguardar o atendimento. “Nossa intenção não é deixar a pessoa com a fitina azul esperar por 4 horas, se houver disponibilidade ela será atendida logo após a triagem. Acontece que, se chegar uma vítima de acidente em estado grave ela será atendida primeiro, já que corre risco de vida”, informa Thiago.
Sobre a classificação
A enfermeira Solangela Vendruscolo, conta que a classificação é feita com base em uma documentação. “Pode surgir a dívida: ‘Como a enfermeira sabe se minha dor é uma emergência ou não?’. Nós seguimos o que está no protocolo, está descrito o sintoma do paciente e onde ele se encaixa”, acrescenta a enfermeira.
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