Projeto Água para África

A Escola Estadual Básica Professor Osni Paulino da Silva (POPS) de Anchieta, está realizando o projeto Água para África. Através dele, os estudantes do 9º ano arrecadaram fundos, que serão encaminhados, através do Lions Clube de Guaraciaba, para construção de um poço artesiano em Moçambique, na África. Essa água irá abastecer uma das diversas comunidades moçambicanas que sofrem com a falta de água potável.
O projeto surgiu após uma palestra sobre a cultura africana, organizada pelos professores da área de ciências humanas e ministrada pelo professor Tarcísio Hanauer, que reside em Guaraciaba e atua com missionários em Moçambique.
Professores e alunos ficaram sensibilizados com os relatos de Tarcísio, e decidiram se mobilizar para ajudar as comunidades moçambicanas que sofrem com a falta de água. Os alunos do 9º ano, junto dos professores Silvane Prestes de Oliveira, Marizane dos Santos e Silvano Oliveira, com apoio da direção, equipe pedagógica e demais docentes, iniciaram ações voltadas à busca de recursos financeiros. Foram arrecadadas doações para que a escola pudesse recolher e contribuir com a construção de um poço artesiano, que vai atender de 100 a 150 famílias com 40 litros diários de água.
A primeira ação foi um concurso de slogan e imagem que envolveu todos os estudantes da escola, para escolha do slogan e imagem para representar o projeto. “Os estudantes foram estimulados a produzir e, posteriormente, através de enquete no Instagram votaram e elegeram o slogan: Pequenas ações, efeitos importantes. Concluída esta etapa, a equipe pedagógica providenciou envelopes que foram entregues a cada estudante e professor da escola, para que os mesmos pudessem fazer doações financeiras para auxiliar na construção do poço”, explica a diretora Juliane Christoff.
Ela explica que os recursos arrecadados serão encaminhados para Moçambique através do Lions Clube de Guaraciaba, que realiza o Projeto “Água Humanitária”. “Os recursos são encaminhados para a Congregação Irmãs do Imaculado Coração de Maria, que atua diretamente com as comunidades e famílias africanas, com objetivo de amenizar as péssimas condições de vida por falta de água”, conta a diretora Juliane.
Ainda segundo ela, para ser beneficiado com a água, as famílias precisam participar de programas de formação em grupo, frequentar o Alcoólicos Anônimos, garantir que os filhos frequentem a escola, ter uma horta em casa com plantações diversificadas, entre outros.
O poço será construído pelos próprios africanos sob a coordenação da Congregação, entre os meses de agosto a novembro de 2023. É nesse período que baixa o nível de água, então será possível verificar se o poço garante água suficiente para as famílias. “Após a conclusão do poço há um evento inaugural muito emocionante onde as famílias comemoram e agradecem, no tampo do poço fica registrado o nome da instituição que contribui financeiramente para construção do mesmo. Todos esses registros serão encaminhados para a escola e chegarão aos estudantes”, afirma a diretora.
Ela finaliza dizendo o quão gratificante foi participar do projeto. “Vimos nossos professores e estudantes contribuírem com suas economias, muitos trouxeram tudo o que tinham em seus cofrinhos. Através desse estudo eles puderam perceber o quanto somos abençoados pela riqueza de recursos naturais de nosso país e como podemos, através de pequenas ações, contribuir para a vida de muitas pessoas, esses ensinamentos jamais serão esquecidos”, conclui Juliane.