Com apenas 23 anos, Bruna do Amaral Crestani abriu uma escola inglês no município de Anchieta. A Atlantic English School ganhou uma nova cara após Bruna voltar de seu intercâmbio na Irlanda. Hoje ela atende mais de 30 alunos e sonha em abrir escolas de inglês nos municípios vizinhos.
Bruna começou a estudar inglês em 2015, após receber incentivo dos pais para frequentar as aulas. Ela e outros três colegas pegavam um táxi toda a semana, de Anchieta para Guaraciaba para frequentar as aulas. “Quando iniciei as aulas eu não tinha nenhum propósito, apenas iniciei porque meus mais me deram a oportunidade de fazer, mas acabei gostando muito e estudo inglês até hoje”, afirma ela, que finalizou seus estudos na escola de inglês e atualmente Bruna cursa faculdade de inglês.
A Atlantic English School não foi a primeira escola onde Bruna trabalhou, já em 2019, ela substituiu uma professora em uma escola de inglês, também em Guaraciaba. Após esse período, ela também deu aulas de inglês particulares. “Eu gostei muito e foi aí que decidi que era isso que eu queria para minha vida. Foi tudo por acaso, porque eu nunca imaginei que eu ia gostar tanto do inglês e que ia ser uma professora de inglês”, relata. A partir das experiências vividas através do inglês, Bruna teve certeza que queria fazer um intercâmbio.
Após muita pesquisa e organização, inclusive organização financeira, Bruna estava pronta para fazer seu intercâmbio em 2020, ela estava inclusive com as passagens compradas, mas o início da pandemia de Covid-19 ocasionou uma mudança de planos e o intercâmbio foi adiado para 2022. “Fui em setembro do ano passado e voltei agora em maio. Fiquei em Limerick, na Irlanda. Eu escolhi essa cidade porque ela tinha um custo de vida menor em relação a Dublin. Meu intercâmbio foi de estudo e de trabalho. Eu estudei em uma escola voltada apenas para pessoas estrangeiras que buscam aprender inglês. As aulas ocorriam todos os dias, de manhã e à tarde, à noite eu trabalhava com atendimento ao público em uma loja”, relata Bruna, lembrando que o trabalho também serviu como escola, já que a única opção era se comunicar em inglês.
A escola
Bruna conta que já tinha ido à escola de inglês antes de fazer o intercâmbio na Irlanda. “Foi tudo meio junto, decidi fazer o intercâmbio e apareceu a oportunidade de comprar a escola, então fiz as duas coisas. Enquanto estive em Limerick contratei uma professora para trabalhar pra mim”.
Nesse período, Bruna optou por não divulgar muito a escola, ela chamou alguns alunos e quando retornou da Irlanda fez uma reinauguração em um novo espaço, onde atua como professora. Atualmente Bruna atende 35 alunos, divididos em cinco turmas. “Tenho turmas para todas as idades, com crianças de quatro/cinco anos, até os adultos. Eu tento abordar todas as didáticas, a leitura, a escrita, o escutar, o falar, porque todas elas são muito importantes. Obviamente as pessoas querem focar muito na fala, mas primeiro a gente precisa adquirir um vocabulário e entender a estrutura de uma frase. Então abordo todas essas quatro didáticas para não prejudicar nenhuma”, destaca ela.
Ainda sobre as aulas, as crianças são atendidas no contratinho escolar e os adultos, à noite. Os materiais utilizados nas aulas são diversos, de livros até o computador. Bruna conta que muitas atividades de fixação para as crianças são realizadas através de jogos no computador. “Se aprendemos sobre as cores e animais na aula, fazemos jogos como atividade adicional”.
Porque Atlantic English School?
O nome faz referência ao oceano atlântico – em inglês atlantic. É o oceano atlântico que divide o Brasil, a Irlanda e outros países que falam inglês. As cores laranja e verde que fazem parte da identidade visual da escola também fazem referência à Irlanda. “A identidade visual, o nome, a decoração, surgiram agora com a reinauguração. Agora a escola faz, de certa forma, referência a mim e a as minhas vivências”, enfatiza.
Bruna finaliza dizendo estar feliz e realizada. “Depois que comecei com as aulas particulares, ter a escola de inglês foi uma coisa que eu sempre almejei, mas nunca imaginei que seria tão cedo, mas tudo foi encaixando, não acelerei o processo, as foram coisas foram acontecendo na minha vida, foram surgindo as oportunidades e eu fui aceitando essas oportunidades. Agora os próximos passos são atender mais e mais alunos e expandir a minha escola para outras cidades.”, finaliza.
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