11/08/2023 às 10h00min - Atualizada em 11/08/2023 às 10h00min

Como o psicólogo pode me ajudar, se ele não viveu o que eu vivi?

Esse é um questionamento muito comum que afasta as pessoas da psicoterapia. A psicóloga Vanessa Slaviero responde a esse questionamento e fala sobre a importância da terapia

Redação
Um dos pensamentos que afasta as pessoas da terapia é imaginar que o psicólogo só pode te ajudar se passar pelas mesmas experiências que você. Vale pontuar que, ninguém viverá a mesma coisa que você. Algumas pessoas podem até passar por experiências parecidas, mas a forma como cada um vai interpretar e elaborar os acontecimentos, dependem da sua personalidade e de construções internas formadas ao longo de toda a história de vida. 
Para provar que esse pensamento não faz muito sentido, basta aplicá-lo a outras profissões: “Um cardiologista só irá me compreender se tiver também uma doença no coração”, “Um juiz só poderá me julgar se já tiver cometido um crime”. Nós confiamos nesses profissionais e dificilmente questionamos o conhecimento que adquiriram durante a graduação e durante as experiências de trabalho, mas porque com o psicólogo não é assim? Quem responde é a psicóloga Vanessa Slaviero, que atende no município de Anchieta.
“As pessoas pensam isso porque não conhecem o processo de psicoterapia. Muita gente ainda acredita que psicólogo dá conselhos, mas não é bem assim. O psicólogo é um facilitador, um guia por exemplo, ajudando o paciente a encontrar as respostas dentro de si, tornando-o ativo no processo. O objetivo da psicoterapia é ajudar o paciente a compreender seus pensamentos, comportamentos e emoções a fim de melhorar a sua qualidade de vida e bem estar emocional”, explica Vanessa.
Conforme ela, no processo de psicoterapia, o psicólogo acolhe de maneira empática e sem julgamento todas as inquietações do paciente. Juntamente com isso, explora os aspectos inconscientes e padrões de pensamentos que podem influenciar suas experiências e emoções, fomentando assim, o autoconhecimento e contribuindo para a ressignificação dos sentimentos, ou seja, desenvolvendo novas formas de lidar com seus conflitos e experiências. Tudo isso em um ambiente seguro e com garantia de sigilo, para que a pessoa se sinta à vontade para expressar quem realmente é, tudo o que pensa e sente.
“De maneira geral, as especialidades do psicólogo são a mente e as emoções humanas. E da mesma forma que na medicina, onde a cardiologia é uma das especialidades, na psicologia temos 13 áreas de especialidades, sendo elas as psicologias: Escolar e Educacional, Organizacional e do Trabalho, de Tráfego, Jurídica, do Esporte, Clínica, Hospitalar, Psicopedagogia, Psicomotricidade, Social, em Saúde, Neuropsicologia e Avaliação Psicológica”, acrescenta. Já as formas de intervenção se diferem entre os psicólogos e se orientam a partir da linha teórica que cada um estuda e segue.
Em todas as áreas, a empatia é essencial para acolher e compreender o paciente. “Acompanha a empatia, a escuta ativa do psicólogo, que presta atenção total ao que lhe é dito, sem julgamentos, permitindo com que cada um seja o que realmente é, com garantia de sigilo para que o paciente se sinta à vontade para se expressar”, finaliza a psicóloga.


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