25/11/2023 às 09h30min - Atualizada em 25/11/2023 às 09h30min
“A resina também é eternizar momentos”
A professora e artesã Karine conserva o coto umbilical do bebê com resina. Também podem ser eternizados os testes de gravidez, fios de cabelo, pelos de animais de estimação, leite materno e até mesmo cinzas
Redação
Além da eternização, Karina faz marcador de páginas, dominó, bandejas, canetas, chaveiros, porta incenso e lembranças em geral. (Foto: Divulgação) Karine Kuhn, de 34 anos, é natural de Bandeirante, morando em São José do Cedro há 11 anos, hoje ela concilia o trabalho e a família com a produção de arte em resinas. Professora de formação, ela começou a trabalhar com resina há cerca de dois anos, quando sua filha mais nova nasceu. Ela tem paralisia cerebral leve e com uma saúde frágil, a pequena demanda de atenção e acompanhamento nas fisioterapias e outros atendimentos. Pensando nisso, Karine começou a buscar formas de trabalhar em casa e passar mais tempo com a filha.
Quando conheceu o mundo das resinas, ela se encantou. “No início era um simples hobby, mas com o tempo fui me aprofundando cada vez mais no mundo da arte e artesanato, então resolvi trabalhar com resinas, sublimação e lembrancinhas em geral”, conta Karine.
Marcador de páginas, dominó, bandejas, canetas, chaveiros, porta incenso, lembranças para casamento, batizado e aniversário são alguns dos itens que Karine produz em resinas. “A resina também é eternizar momentos”, afirma ela. Na linha de eternização, Karine conserva o coto umbilical do bebê, testes de gravidez, fios de cabelo, pelos de animais de estimação, leite materno e até mesmo cinzas.
“Fazer pingentes de leite materno, por exemplo, envolve vários processos. Um dos primeiros é transformar em leite em pó o leite trazido pelas mães, pois a resina não aceita nada líquido. Depois o leite em pó é misturado com a resina, que é depositada em um molde, dando origem aos pingentes de leite materno”, conta Karine.
Ela ainda relata que em estado líquido a resina pode ser tóxica, seu manuseio deve ser feito com máscaras e luvas: “A resina é uma mistura de químicos. Já trabalhei sem máscaras e tive uma alergia. Quando a resina está no processo de secagem ela fica em uma estufa, nessa secagem ela perde as toxinas e não traz mais risco à saúde”. Além disso, uma vez seca, não é mais possível reidratar a resina, então os objetos feitos com ela não podem ser refeitos em caso de erro. “Já perdi muito material fazendo testes”, acrescenta a artesã.
100% de dedicação à arte
Atualmente Karine ainda trabalha como professora na Unidade Prisional Avançada De São José do Cedro, mas para o ano que vem pretende se dedicar 100% ao seu trabalho com artesanato. “Eu amo dar aula, ainda não larguei as aulas porque gosto do meu trabalho, comecei aos poucos a diminuir minha carga horária e atualmente dou uma aula à tarde e uma à noite. Mas como, principalmente nas datas comemorativas, a demanda aumenta, eu acabo madrugando, principalmente nas datas comemorativas, então ano que vem vou me dedicar às minhas coisas”, finaliza.
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