A Câmara ganhará uma fachada moderna, com detalhes em madeira e fitas de led. (Foto: Divulgação) Após 20 anos de inauguração, a Câmara de Vereadores de Palma Sola está passando por uma obra geral de reforma e ampliação. Com a finalização da obra, prevista para daqui seis meses, a Câmara contará com um espaço físico de 375 metros quadrados, além de um plenário que comporta 100 pessoas, mais que o dobro de lugares existentes atualmente.
Conforme a arquiteta e urbanista responsável pelo projeto, Elissandra Duarte Fink, a Câmara fica em um terreno de 480 metros quadrados, e atualmente tem um espaço físico de 258 metros quadrados, o novo projeto conta com uma ampliação de 117 metros quadrados.
Pensando em tornar o local mais funcional e de modo a atender as necessidades dos funcionários e demais usuários, a Câmara passará a ter uma nova configuração. Onde hoje fica o hall de entrada e a Secretaria, ficarão duas salas, do jurídico e a de contabilidade. A sala de reuniões vira o almoxarifado – que não existia antes. As salas do jurídico e da contabilidade viram uma sala só, que será a secretaria. Os banheiros serão reformados e adequados para acessibilidade. A cozinha se tornará uma lavanderia.
O plenário atual passa a ser ampliado, vai virar um mini auditório com 100 lugares, hoje a câmara comporta cerca de 50 pessoas. Será anexada uma sala para a assessoria de comunicação. A parte de trás vira uma sala de reuniões ampla, com uma sala para presidência, um hall para circulação, banheiros acessíveis, copa e cozinha.
Internamente ainda ocorre troca de pisos, revestimentos e pintura, no lado externo ocorre uma mudança na fachada. A Galeria dos Presidentes ficará em uma das paredes na entrada, um local de destaque mais adequado para homenagear todos que já presidiram a Câmara.
A construtora fará primeiro a parte de trás da obra, a ampliação, que demanda mais investimentos e mais tempo. Assim, por pelo menos três meses, as sessões ocorrem na nossa sala de reuniões. Com a parte de trás finalizada, as sessões correm lá e as obras se iniciam na parte da frente da Câmara.
Antes da obra iniciar, o atual presidente da Câmara, Rafael Battisti (PP), foi informado que a Câmara foi projetada para comportar um segundo piso. “Chamamos a engenheira e arquiteta para verificarem essa situação e, por segurança, optou-se por não fazer esse segundo piso. Além disso, financeiramente não temos orçamento para fazer tanto. Por melhor relação custo-benefício, faremos a ampliação e ainda assim, o orçamento é apertado”, explica.
A reforma e a ampliação estão licitadas por R$ 500 mil – toda a parte de mobília está fora desse valor. Os recursos para o pagamento da obra, vem das economias do ano de 2023, cerca de R$ 220 mil. O restante está previsto e garantido no orçamento da Câmara para 2024, um valor de R$ 330 mil, totalizando R$ 550 mil. O saldo positivo de R$ 50 mil será utilizado para cobrir eventuais gastos com a obra.
O presidente Rafael informa que os recursos são provenientes das economias realizadas pela Câmara em 2023 e as economias que serão realizadas durante este ano. Vale pontuar que é de obrigação do poder Executivo repassar até 6% da Receita Corrente Líquida ao Poder Legislativo. “Os recursos vêm da economia dos recursos que a Câmara recebe por direito. Hoje o duodécimo que recebemos representa menos da metade do que temos direito. A receita corrente líquida em 2023 foi de R$ 44 milhões, teríamos direito a R$ 2 milhões 640 mil no ano, o que dá 220 mil por mês. Fazendo uma média, no ano passado, recebemos R$ 93 mil e 500 por mês”, esclarece o presidente.
Reformar a Câmara foi o desejo e a promessa de muitos vereadores que presidiram o legislativo. Rafael lembra que cada presidente que passou teve uma relevância e realizou os trabalhos que julgou mais importante.
“Quando assumi tinha como propósito fazer as comissões funcionarem, mudar um pouco as sessões e fazer a reforma. A obra começou em dezembro, se tivéssemos esperado mais para iniciar a obra, não conseguiria fazer a reforma por conta de prazos. A burocracia para poder colocar a obra em andamento não seria vencida, não é nem mesmo pelo início do ano eleitoral, mas sim por conseguir utilizar o orçamento do ano de 2023, a licitação precisava ser feita em 2023 para utilizar esse orçamento. Muitos tiveram vontade de fazer essa obra, mas é algo que demanda tempo, muita burocracia, viabilização dos recursos. Não julgo de maneira nenhuma os demais presidentes, pelo contrário, somos gratos ao trabalho de todos que já passaram pela Câmara, sejam presidentes ou vereadores”, enfatiza Rafael.
Quanto às críticas em relação à reforma, o presidente informou que respeita a opinião de todos, seja favorável ou contrária. “Muitas pessoas ainda falam que o vereador só dá despesa, enquanto outras já entendem o nosso trabalho, o objetivo é mostrar para quem ainda não sabe, o nosso papel e isso ocorre quando conseguimos trazer as pessoas pra dentro da câmara. Me comprometi com essa obra e me entristece a possibilidade de não conseguir entregar ela 100% pronta. Vejo a obra como investimento e não como despesa. Assim como os presidentes que há 20 anos decidiram construir a câmara e os demais que passaram por aqui e fizeram melhorias, essas melhorias foram utilizadas”, afirma.
Rafael lembra que a Câmara é um espaço público e está à disposição da população, no ano passado, por exemplo, o espaço do legislativo foi utilizado inúmeras vezes por empresas e associações. “Só não temos mais demandas devido ao espaço reduzido. Tenho certeza que esses R$ 500 mil investidos vão retornar à comunidade”, conclui o presidente.
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