Através do Pronas mais 50 crianças serão atendidas na estimulação

Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por rápidas transformações no desenvolvimento. Nesta fase de amadurecimento o sistema nervoso é mais vulnerável aos estímulos recebidos, sejam eles positivos ou negativos, por isso, os estímulos positivos nos primeiros meses de vida são essenciais para proporcionar à criança um crescimento adequado dando a ela oportunidades para colocar em prática todo seu potencial.
Quando é identificado algum atraso no desenvolvimento da criança – seja por conta de uma síndrome ou transtorno – é importante buscar programas de intervenção precoce, que vem favorecer o desenvolvimento motor e intelectual, minimizando os efeitos de uma deficiência e até mesmo evitando que se instale. Quanto antes este trabalho for iniciado maiores são as chances da criança se desenvolver de acordo com as etapas esperadas para sua idade. Na nossa região, geralmente, quem oferece esse serviço de estimulação precoce são as Apae.
São as Apaes que contam com uma equipe interdisciplinar formada por médico, fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicóloga e assistente social. A equipe realiza avaliações para acompanhar o desenvolvimento dos bebês/crianças e os atendimentos realizados têm como objetivo impulsionar o desenvolvimento de habilidades motoras como rolar, engatinhar, ficar em pé e falar; e habilidades do dia-a-dia como se vestir, colocar ou tirar sapatos e a alimentação. Esses atendimentos são prestados pelas Apaes às crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade, após esse período a criança é encaminhada para o atendimento diretamente com o SUS (Sistema Único de Saúde).
Tendo em vista a importância da estimulação precoce, a Apae Campo Erê – que atende crianças, jovens e adultos de Campo Erê, Saltinho e Santa Terezinha – buscou formas de ampliar o número de turmas de estimulação e conseguiu viabilizar junto ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD) cerca de R$ 2 milhões, que serão utilizados para custear os atendimentos por dois anos.
Quem dá mais detalhes é a diretora da escola, Sirlei Martins, de acordo com ela a Apae ainda busca ampliar as turmas que participam das oficinas de costura e culinária. serão novos atendimento com
“Teremos uma nova equipe com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicóloga, assistente social, fonoaudiólogo, um médico (8h) e enfermeira. A equipe nova vem para trabalhar apenas com a estimulação. Esperamos estender os atendimentos para mais de 50 crianças nos próximos dois anos, tempo de duração do projeto”, informa Sirlei.
Para acomodar a nova equipe a Apae está realizando uma readequação no seu espaço físico. A quadra esportiva da escola está passando por obras e será dividida para abrigar 10 salas, onde ficará a equipe técnica do SUS. “Onde atualmente fica o espaço SUS será ocupado pelo projeto Pronas. Não conseguimos construir, mas conseguimos adaptar”, destaca a diretora.
Assim que as adaptações forem concluídas a Apae inicia o projeto, que tem duração de dois anos. Após este período a escola buscará novas alternativas para manter o projeto.


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