20/08/2024 às 09h00min - Atualizada em 20/08/2024 às 09h00min

Riscos de incêndio aumentam no inverno

Bombeiros alertam para o aumento de incêndios florestais e residenciais durante o inverno, destacando a importância de medidas protetivas e revisões nas instalações elétricas

Jessica Rebelatto
Anchieta
Subtenente Veiga orienta a população sobre as medidas preventivas para evitar incêndios durante o inverno. ASO/Ruthe Kezia
No inverno, a incidência de incêndios florestais e residenciais tende a aumentar significativamente devido as condições climáticas e ao comportamento humano. Segundo o subtenente Jair José Rodrigues da Veiga: “no caso dos incêndios florestais, a ocorrência de geadas intensifica a secagem da vegetação, tornando as áreas de mata mais propensas ao fogo.” Este período crítico se estende até setembro ou outubro, quando os agricultores são orientados a evitar queimadas. Veiga enfatiza: “Se necessário realizar queimadas, é essencial seguir todas as medidas preventivas para evitar a propagação descontrolada do fogo.”
Há uma legislação específica que regula as queimadas, proibindo-as sem a devida preparação e prevenção, como a criação de aceiros. “A falta de controle pode facilmente resultar em incêndios devastadores, especialmente após períodos de seca intensa”, alerta o subtenente.
Os incêndios residenciais também aumentam no inverno devido ao uso intensivo de equipamentos de aquecimento, como fogões a lenha, aquecedores e chuveiros elétricos. “O uso inadequado ou o estado precário das instalações elétricas são fatores de risco consideráveis”, explica Veiga. O aquecimento excessivo dos fios pode causar derretimento e, eventualmente, provocar um curto-circuito e incêndio. Além disso, práticas domésticas comuns, como o uso de panelas de pressão e fogões a lenha sem supervisão adequada, também contribuem para o risco. Em residências antigas, a situação é agravada pela deterioração das instalações elétricas e pela presença de materiais inflamáveis no sótão ou outras áreas de armazenamento.
Para prevenir incêndios, recomenda-se a revisão periódica das instalações elétricas, pelo menos a cada dois ou três anos. “A limpeza de áreas de armazenamento, removendo materiais inflamáveis, também é crucial”, orienta o subtenente. Manter a fiação em bom estado e evitar sobrecargas no sistema elétrico são passos essenciais para reduzir os riscos.
Os bombeiros desempenham um papel vital não apenas no combate a incêndios, mas também em atividades de prevenção e educação. Através de programas como o "Alerta Vermelho", os bombeiros visitam residências para orientar sobre segurança doméstica, incluindo o uso correto de gás de cozinha e cuidados com a eletricidade. Em edificações comerciais ou prédios multifamiliares, a fiscalização é mais rigorosa, garantindo que todas as medidas de segurança sejam seguidas.
Neste ano, o número de ocorrências de incêndio tem sido menor em comparação ao ano passado, refletindo o impacto positivo das ações preventivas e educativas promovidas pelos bombeiros. Além de apagar incêndios, a corporação atua em diversas áreas, como resgate veicular e salvamento em altura, ampliando seu papel na proteção e segurança da comunidade. “A conscientização sobre os riscos e a adoção de medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência de incêndios e minimizar seus impactos, protegendo vidas e propriedades durante o inverno e ao longo do ano”, conclui o subtenente Veiga.
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