19/09/2024 às 09h30min - Atualizada em 19/09/2024 às 09h30min

Uma trajetória de 30 anos de dedicação ao campo

Carlos Augusto Antonietti compartilha sua trajetória de dedicação a agronomia, os desafios da profissão e o impacto das mudanças climáticas na produção rural

Jéssica Rebelatto
Anchieta
Carlos Augusto Antonietti, agrônomo de Anchieta, fala sobre os avanços no licenciamento ambiental e sua paixão pelo trabalho no campo. (Foto: Jéssica Rebelatto)
No dia 13 de setembro, em celebração ao Dia do Agrônomo, o jornal Sentinela entrevistou o agônomo Carlos Augusto Antonietti, de Anchieta, para conhecer mais sobre sua profissão e trajetória.
Carlos Augusto Antonietti, agrônomo com mais de três décadas de experiência, chegou a Anchieta em 1994, vindo de Sananduva, Rio Grande do Sul. Desde então, ele se estabeleceu na cidade e construiu uma carreira sólida na área, sempre trabalhando com a prefeitura. “Naquela época, havia o programa de microbacias do governo estadual, e as prefeituras precisavam de agrônomos. Foi assim que comecei aqui, com cargo de confiança, e depois passei em concurso público”, explica Carlos.
Ao longo de sua trajetória, o agrônomo atuou em diferentes frentes, como a bovinocultura de leite, a produção de pastagem e, mais recentemente, o licenciamento ambiental. Ele destaca o avanço nesse último setor: “Antes, o processo de licenciamento demorava cerca de um ano e meio. Hoje, conseguimos em 40 ou 50 dias, graças a um convênio com o Conder de São Miguel do Oeste e ao trabalho integrado entre os municípios”, explica.
Carlos sempre teve uma forte ligação com o campo. Mesmo antes de escolher agronomia como profissão, ele já sabia que não queria um trabalho limitado entre quatro paredes. “Quando era criança, trabalhei numa malharia como office boy, mas sempre quis algo mais livre, ao ar livre. Foi assim que agronomia surgiu na minha vida, e estou muito feliz com a escolha”, relembra.
Apesar dos desafios da profissão, como a imprevisibilidade climática que afeta o planejamento agrícola, Carlos se diz satisfeito com o nível de conhecimento e acesso à informação que os produtores rurais têm hoje em dia. “As pessoas estão mais esclarecidas, principalmente sobre questões ambientais. Usam a internet, consultam programas para prever o clima e até as próprias cooperativas ajudam com melhores orientações”, observa.
Para ele, um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi o trabalho em pastagens, realizado em parceria com o veterinário do município. “Implantamos vários tipos de pastagem em diversas propriedades, e esse foi um projeto que me marcou bastante”, revela.
Hoje, Carlos vive em Anchieta com sua família. Casado e pai de dois filhos, ele se diz feliz com a vida que construiu na cidade. “Achei que ficaria aqui por pouco tempo, mas já são 30 anos. Tenho minha família e estou realizado profissionalmente”, finaliza.
Desafios e perspectivas Carlos também ressalta que um dos grandes desafios enfrentados pelos agrônomos é lidar com a variabilidade climática. “Orientar corretamente os produtores, é complicado, pois o clima é imprevisível. Às vezes, indicamos que plantem porque a previsão é de chuva, mas dois dias depois isso muda” explica.
Apesar das dificuldades, o agrônomo vê o futuro com otimismo e acredita que a tecnologia e a informação têm desempenhado um papel fundamental na vida dos produtores rurais. “Hoje, a orientação é muito maior, e isso faz toda a diferença”, conclui.
A trajetória de Carlos Augusto Antonietti é um exemplo de dedicação ao campo e à agronomia, refletindo a importância de seu trabalho para o desenvolvimento do setor agrícola em Anchieta e região.


 
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