O afogamento em piscina é a 2º maior causa de morte no Brasil

Uma adolescente de 14 anos de Guarujá do Sul, morreu vítima de afogamento. O caso trouxe alertas sobre os perigos, já que a cada 90 minutos um brasileiro morre afogado

Ruthe Kezia - Guarujá do Sul
27/01/2025 15h15 - Atualizado há 1 mês
O afogamento em piscina é a 2º maior causa de morte no Brasil
O afogamento em piscinas é a 2º maior causa de morte acidental de crianças de 1 a 4 anos e a 4º maior de 5 a 29 anos, além de que 90% dos casos ocorrem em ambientes familiares. (Fotos: Imagem Ilustrativa)
Na última semana, em Guarujá do Sul, uma adolescente de 14 anos, Tailine Eloá Oliveira da Rosa, morreu vítima de afogamento. Segundo informações, a adolescente teria ficado presa no sistema de sucção pelo cabelo, o que impediu que conseguisse sair da água. Ela foi socorrida e levada ao hospital, mas infelizmente, não resistiu.
O falecimento da adolescente gerou comoção na cidade, além de chamar a atenção dos pais para os possíveis perigos de afogamentos em piscinas. Nessa época do ano, devido aos dias quentes e pelo fato das crianças e adolescentes estarem em período de férias escolares, passam mais tempo em casa desfrutando do lazer.
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), a cada 90 minutos um brasileiro morre afogado. O afogamento em piscinas é a 2º maior causa de morte acidental de crianças de 1 a 4 anos e a 4º maior de crianças de 5 a 29 anos, além de que 90% dos casos ocorrem em ambientes familiares. Outra estatística é que o afogamento tem 200 vezes mais risco de óbito do que os incidentes de transporte.
A SOBRASA aponta que crianças de 4 a 12 anos, que sabem nadar, se afogam pela sucção da bomba em piscinas. A melhor forma de evitar  afogamentos do tipo, é  impedir o funcionamento do equipamento durante uso e utilizar ralos anti sucção.
Com menores de idade, especialmente as crianças, a atenção precisa ser constante, pois um afogamento acontece em uma fração de segundo. Se não resultar em um óbito, pode causar sequelas irreversíveis. As crianças exigem 100% de atenção em piscinas. Elas devem ficar a um braço de distância de um adulto responsável, mesmo em locais que tenham a presença de guarda-vidas.
Em uma aba específica sobre piscina no site do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, eles dão algumas instruções para evitar os afogamentos, a exemplo de: Nas piscinas sempre tenha uma barreira física, para evitar o acesso de crianças; as crianças só devem estar na área de piscina ou dentro dela se houver um adulto supervisionando; nunca mergulhe de cabeça, pois pode causar mortes ou paralisia; nas piscinas também recomenda-se um ralo anti aprisionamento, pois evita que crianças e adultos fiquem presos pelos cabelos e membros.
Mesmo acompanhadas, é recomendado o uso de coletes salva-vidas ou boias nas crianças. Se o pior acontecer, os pais devem retirar imediatamente a criança da piscina, primeiro jogando uma boia e depois pulando na água para resgatá-la. Em seguida, deve-se ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193.
 
O que fazer em caso de afogamento
A primeira coisa a fazer é verificar se a criança está respirando, se o tórax está se expandindo. Se for um afogamento de grau mais leve, a criança vai estar tossindo, com espuma saindo pela boca. Nesse caso, basta mantê-la aquecida e deixá-la lateralizada para o lado direito para que essa espuma saia.
A Secretaria de Saúde de Santa Catarina elaborou um guia para que os pais possam agir de maneira eficaz seguindo algumas orientações, confira:

Criança não responde: Se não houver resposta da criança afogada [movimento ou reação à ventilação], assuma que o coração está parado, coloque a mão no centro do peito, bem na linha dos mamilos, e faça 30 compressões, alternando duas ventilações, ou na dúvida, mantenha compressões contínuas até o socorro chegar.
Posicionamento adequado: Coloque a criança com a cabeça e o tronco na mesma linha horizontal. A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois estas tentativas podem prejudicar e retardar o início da ventilação e oxigenação da criança. Além de facilitar a ocorrência de vômitos.
Checagem de respostas: Verifique se há resposta da criança; se houver, coloque em posição lateral direita e aguarde o socorro.
Sem resposta: Caso a criança esteja inconsciente, chame o socorro. A ausência de respostas implica em duas possibilidades principais: ela está viva e não responde ou está em parada cardiorrespiratória (PCR).
Cheque a respiração: em seguida abra as vias aéreas, colocando dois dedos de uma mão no queixo e a outra mão na testa e estenda o pescoço.
Se existir respiração: se há movimento do tórax e depois das manobras de abertura das vias aéreas for constatado que há respiração, coloque a criança em decúbito lateral direito e aguarde o socorro chegar.
Se não houver respiração: inicie cinco ventilações boca-a-boca. É recomendável a utilização de barreiras de proteção (máscaras), mas sua ausência não é impedimento.





 
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