No último domingo, dia 18, o município de Palma Sola participou do primeiro Simulado Geral de Gestão de Desastres promovido pela Defesa Civil de Santa Catarina. A atividade integrou uma mobilização estadual alusiva ao aniversário de 52 anos do órgão e envolveu 216 municípios catarinenses, com o objetivo de alertar a população para a importância da prevenção e preparação diante de desastres naturais.
O secretário de planejamento e coordenador da Defesa Civil municipal, Edenilso Zuanazzi, comenta que o simulado em Palma Sola teve como como foco um cenário de vendaval, tipo de evento climático recorrente na região: “Escolhemos o vendaval porque é um evento que ocorre de forma rápida e normalmente pega as pessoas de surpresa. Nosso objetivo foi mostrar como a população pode e deve se preparar para essas situações”, explica Zuanazzi.
A simulação prática consistiu na obstrução de uma rua da cidade, como se houvesse ocorrido a queda de uma árvore, interferindo na mobilidade urbana e exigindo a atuação coordenada de diferentes órgãos e entidades, como: Celesc, Polícia Militar, Casan e a Defesa Civil. Apesar de não terem sido encenadas outras consequências comuns de vendavais, como destelhamentos ou feridos, a dinâmica serviu para avaliar a resposta rápida dos serviços municipais.
Após a parte prática, o evento seguiu no Centro de Eventos com palestras educativas sobre a atuação da Defesa Civil e relatos sobre desastres em outras regiões. Uma das apresentações abordou as enchentes no Rio Grande do Sul, com vídeos e imagens realizadas por voluntários de Palma Sola, que atuaram diretamente nas áreas atingidas.
Zuanazzi destacou que o simulado não só contribuiu para a conscientização da comunidade, mas foi um momento importante de aprendizado para os próprios agentes da Defesa Civil: “Nós também aprendemos muito. Seguimos um roteiro e enfrentamos desafios propostos pelo Estado. Felizmente, cumprimos todos os objetivos e as metas estabelecidas”, afirmou.
O exercício reforçou a importância da atuação do Grupo de Ação Coordenada (GRAC) e do Sistema de Comando e Operação (SCO), estruturas municipais responsáveis por organizar e distribuir as tarefas durante emergências reais. Segundo Zuanazzi, Palma Sola já possui essas estruturas organizadas, mas o simulado mostrou pontos que podem ser aprimorados, especialmente em situações que exijam a abertura de abrigos e atendimentos humanizados às pessoas desalojadas ou desabrigadas.
Além disso, Zuanazzi destaca o histórico do município de 27 decretos de situação de emergência nos últimos 10 anos. Decretos esses que envolveram eventos como granizo, estiagem, chuvas intensas e pandemias como a dengue e o covid-19.
Apesar da estrutura organizada e da boa execução do simulado, a participação popular ainda é um desafio: “O principal objetivo era atingir a população, provocar esse despertar para a autoproteção. Como o evento foi em um domingo, entendemos que a adesão poderia ser menor, mas é preciso que as pessoas compreendam que os desastres não escolhem dia e nem hora para acontecer”, reforça Zuanazzi.
Para os próximos simulados, o coordenador acredita que será fundamental investir ainda mais em estratégias de mobilização da comunidade, que de acordo com ele, o simulado não é apenas para Defesa Civil e sim, um para toda a população.