Na última semana, as crianças do Maternal-II da Creche Criança Feliz conheceram o Museu da Colonização José Felicio Jung de Palma Sola. A visita teve como objetivo aproximar as crianças da história e da cultura local, em uma experiência lúdica e educativa.
Segundo o professor e historiador responsável pelo espaço, Rosalino Siqueira, receber grupos de estudantes é essencial para dar vida ao museu. Ele acrescenta que a cada visita busca oferecer uma didática diferenciada, adaptada à faixa etária, para que os pequenos consigam compreender de forma agradável a linha do tempo e os comparativos entre o passado e o presente.
A diretora, Adriane Daneli de Mello, explicou que a ideia da visita surgiu de maneira espontânea, quando as professoras estavam com as crianças na praça: “Por curiosidade, elas [crianças] perguntaram o que havia dentro daquela casa. Então resolvemos entrar para conhecer. Eles adoraram a visita, tanto que alguns até sentaram no carrinho de rolimã e manusearam os objetos do acervo. Esses passeios são muito importantes, pois contribuem na criação de memórias, e isso é uma das vantagens de morarmos em uma cidade pequena, onde podemos proporcionar experiências frequentes como essa”, afirmou.
Ela destacou ainda que a atividade está em sintonia com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que incentiva o desemparedamento dos alunos [tirá-los da sala de aula para vivências ao ar livre e experiências em outros ambientes]. “Os alunos já haviam ido ao museu para ouvir a história do Palmeirinho, mas não conheciam a parte onde ficam os objetos. Isso despertou muita curiosidade em alguns. Agora, vamos trabalhar diferentes culturas de forma lúdica, para que, mesmo pela idade, eles possam ter um melhor entendimento”, acrescentou.
Durante a visita, as crianças conheceram peças históricas do acervo e tiveram suas curiosidades atendidas pelo historiador. Uma das principais peças do Museu é um corte de tronco de árvore, chamada de bolacha de araucária, que guarda em seus anéis registros climáticos de aproximadamente 404 anos: “Ela conta sua própria história. Através das marcas, é possível identificar períodos de chuva, seca, frio ou calor, servindo como testemunha do tempo”, explicou Rosalino.
Segundo o historiador, o museu não é apenas um espaço de preservação da memória, mas de integração de diferentes áreas do conhecimento, como história, geografia, biologia e ciências. Rosalino reforça que o Museu da Colonização está de portas abertas à comunidade e às escolas interessadas em agendar visitas. O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h30. O agendamento pode ser feito diretamente com ele, pelo telefone (49) 99199-0101.
“É sempre importante que crianças e adultos participem, pois o museu ajuda a expandir o vocabulário, a criatividade e o conhecimento. Nossa missão é manter viva a memória e estimular novas gerações a valorizar nossa história”, concluiu o historiador.