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14/05/2016 às 08h42min - Atualizada em 14/05/2016 às 08h42min

Grupo dos Alcoólicos Anônimos de Anchieta ser reúne uma vez por semana

Participantes também recebem atendimento no Caps de Campo Erê

Imagem Ilustrativa

Há cerca de oito meses o grupo dos Alcoólicos Anônimos (AA) de Anchieta voltou a se reunir em encontros semanais. Segundo explica o coordenador do grupo, Derli Alcides Fernandes, as idas e vindas do grupo fazem parte do processo de luta dos alcoólatras. “Por isso por um momento o grupo deixou de existir, mas ele sempre volta. É uma luta constante, todos aqui estão batalhando e lutando contra a doença”, explica o determinado Derli, que pela primeira vez aos 47 anos quis se internar para se livrar do álcool.

Atualmente participam dos encontros que acontece às sextas-feiras, a partir das 19h30, no Pavilhão da Igreja, de seis a oito pessoas. “Sempre convidamos a todos que têm interesse para participar, às vezes o alcoólatra não quer vir, mas alguém da família pode vir conhecer, saber como funciona. Sempre é preciso dar um primeiro passo. E como todos sabem o alcoólatra só fica livre da bebida quando decide por si próprio”, comenta Derli.

Nas reuniões o grupo conversa sobre o dia a dia, as dificuldades enfrentadas, crises de abstinência, a vontade de voltar a beber e tudo que os ajude a passar pelo processo sem se sentir sozinho e isolado. O importante é que eles sintam que todos passam pelo mesmo processo de luta contra a bebida. Um dá apoio ao outro e se alguém “caí” e volta a beber não é julgado quando decide retornar ao grupo. “Eu comecei a beber aos 12 anos e nunca havia aceitado que tinha uma doença, dizia o que todos os alcoólatras dizem: ‘paro quando eu quiser’, mas quando fiquei no fundo do poço, vivendo igual mendigo, quase perdendo minha família é que quis me recuperar. Pedi ajuda e fiquei 12 dias internado, desde então não bebi mais e assim luto para continuar”, declara Derli.

Sobre as consequências da bebida, o coordenador explica que elas surgem inevitavelmente. “Quando eu vivia bêbado não sentia nada, porque você está sempre anestesiado. Mas agora as complicações e dores estão surgindo”, lamenta explicando que todos os participantes do AA recebem apoio da Secretaria de Saúde de Anchieta, da equipe do Cras, Nasf e suporte do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Campo Erê que mantêm parceria com a Prefeitura Municipal. “Além dos encontros semanais do AA vamos toda quinta-feira de manhã para Campo Erê, o transporte é cedido pela Secretaria de Saúde de Anchieta e lá recebemos diversos atendimentos que nos ajudam muito a lutar contra o vício”, finaliza.

 

COMO AJUDAR UM ALCOÓLATRA

1) Escolha o momento mais adequado para conversar. Aproveite um momento em que a pessoa esteja sóbria, ambos estejam calmos e em um lugar em que haja privacidade.

2) Informe-se sobre o alcoolismo. Explique que está preocupado e que quer ajudá-lo.

3) Reforce os motivos que ele tem para mudar a atitude em relação ao álcool. Leve para a conversa exemplos de situações negativas que já ocorreram com ele em função do uso do álcool.

4) Evite ameaças e agressividade. É possível falar sobre as razões nas quais ele precisa procurar ajuda sem que utilize formas que, na prática, não adiantam.

5) Não encubra as atitudes do alcoolista, protegendo-o das consequências de seus atos e de sua dependência alcoólica.

6) Não estimule o consumo de álcool e tente evitar tudo que está relacionado com as bebidas alcoólicas.

7) Incentive a procura por profissionais especializados para ajudar na recuperação ou ir a uma reunião dos Alcoólicos Anônimos. Se for caso de internação, mostre que isso, além de temporário, fará bem à saúde e bem-estar dele. Ajude-o encontrar um local autorizado.

8) Motive a pessoa a buscar atividades que lhe proporcionam bem-estar sem que necessite de álcool, como esportes, voluntariado, tocar um instrumento musical, artesanato, etc.

9) Entenda que o alcoolismo é uma doença e que não é sua culpa. Muita gente que convive com um alcoólatra sente-se culpado pela situação do outro.

10) Valorize cada avanço no tratamento.

11) Se o alcoólatra tiver recaída, não desvalorize o esforço. É possível se reerguer e voltar ao tratamento. Fonte/alcoolismo.com.br 


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