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05/11/2016 às 09h10min - Atualizada em 05/11/2016 às 09h10min

Em Flor da Serra desde a década de 80

Buscando um futuro melhor Claudino de Costa decidiu sair do Rio Grande para tentar a vida no Paraná

No antigo distrito de Revaldo, interior de Encantado-RS, se conheceram Domingos Claudino de Costa e dona Onires Pavan de Costa. Ele com 12 anos de idade e ela com 10 anos. Eram vizinhos e juntos na amizade cresceram em comunidade. Quando jovens começaram a namorar.

“Aí ficou difícil porque os irmãos dela não deixavam nem a gente sentar perto”, brinca seu Claudino. Dona Onires é direta e diz que os dois sempre se acertaram, pois eram gringos comedores de polenta, queijo e salame.

Casaram quando ele tinha 23 anos e ela 21 anos e da união tiveram cinco filhos: Gemir, Juleide, Gelaine, Gemile e Juliano. “Ganhamos 2 alqueires de terra do meu pai e aí iniciamos nossa vida, sempre trabalhando na roça. Nós dois éramos filhos de agricultores”, explica Claudino.

Seu Claudino, que tem 77 anos, recorda que a decisão de vir morar em Flor da Serra do Sul surgiu da necessidade e da busca por um futuro melhor. “Quando viemos embora já tínhamos 11 alqueires de terra, eu tinha 42 anos de idade. Vendi as terras e com o dinheiro compramos em sociedade um posto de combustível aqui em Flor”, detalha.

O dia da chegada da família ao município foi em 3 de setembro de 1980. Na época em frente ao Posto Costa ainda não havia asfalto. “Foi muito difícil nos primeiros anos, mas não tínhamos para onde correr, então trabalhamos mais e com o tempo as coisas se ajeitaram. Aí compramos a outra parte da sociedade e por conta tocamos o negócio, que atualmente é cuidado pelo nosso filho mais novo”, explica.

Claudino e dona Onires falam ainda que não pararam de trabalhar. “Ainda mantemos nossa casa com o nosso trabalho”, contam orgulhosos. “Quando começamos nossa vida erámos bem pobres, mas vivíamos bem. Sempre tivemos comida para consumo e nossa maior felicidade é que criamos os filhos, todos com saúde e muito respeito”, relata Onires.

O patriarca da família recorda ainda como ficou sabendo de Flor da Serra do Sul. “Na época tínhamos duas opções, vender tudo e ir para Porto Alegre trabalhar de empregado ou buscar algo novo. Dois irmãos da minha esposa já moravam por aqui, e nos convidavam para vir jogar futebol. Locamos um ônibus, entre amigos, e viemos de Encantado até aqui jogar bola, quando paramos para abastecer o dono do posto falou que estava querendo vender, aí a ideia começou a brotar”, conta Claudino.

Atualmente apenas dois filhos do casal moram em Porto Alegre, o restante continua vivendo em Flor da Serra do Sul. “Mas sempre que podem vem nos visitar, somos uma família típica de gringo, ou seja, sempre estamos reunidos ao redor da mesa falando bem alto”, explica Onires sorrindo.  


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