Morador é exemplo de superação

Na linha Tatetos, em Flor da Serra do Sul foi realizada uma entrevista, com um senhor de 73 anos, Valdir Copatti. O senhor comenta que sofreu um acidente, cerca de 6 meses atrás, dia 30 de março por volta das 22h. Valdir relata que não lembra do que aconteceu, somente que estava trafegando sentido Linha Tatetos a Linha Rio Verde, e que havia um caminhão na frente, com as luzes apagadas.
Segundo relatos de familiares, no momento, estava passando uma ceifa na frente do caminhão, e o Valdir bateu atrás do caminhão. O vereador Leocyr Castelli, que conhece Copatti a mais de 20 anos, relata que foi um dos primeiros a chegar no local do acidente:  “Saltou o para-brisa fora, ele entrou no canto da carroceria do caminhão, faltou um palmo para ele escapar, o teto arrancou inteiro, quase dividiu o carro em dois”.
Nesse acidente o senhor Valdir perdeu 75% da perna direita, e machucou bastante a cabeça, tinha um corte grande em cima do olho que chegava até o nariz. Ficou internado 12 dias na UTI, e mais 29 dias internado no hospital. Sua neta Janaina Copatti comenta que quando contaram que seu avô teria que amputar uma perna, todos choraram, mas que ele fazia piadas, e estava otimista, afinal estava vivo.
Desde o acidente, Valdir queria caminhar sozinho, sem ajuda de andadores, e muletas. Então encaminhou o pedido de uma prótese ao SUS, mas como ainda não tem previsão de chegada da prótese, resolveu construiu uma prótese sozinho. Valdir conta que trabalhava uma hora por dia para modelar a prótese: “Fui imaginando como se fazia, ajustando e medindo na perna”.
Depois de pronta a prótese ficou com uma base de alumínio, um aramado que se encaixa numa perna de pau. Copatti enfaixa o toco da perna com tecido para não machucar, calça a perna de pau e a amarra na perna e na cintura para ficar firme. Com esta perna de pau ele consegue caminhar por horas e com muito mais facilidade que com os andadores.
“Foi uma felicidade ver o seu Valdir andando” confessa o vereador Leocyr afirmando que o vizinho de comunidade é um grande exemplo de superação.
Copatti é aposentado há 13 anos, ao lado da esposa criou seus filhos, netos e agora bisnetos, conta que agora só vive da aposentadoria, mas que antes trabalhava de pedreiro. “Não me machuco com a minha perna de pau, posso caminhar o dia inteiro sem problema. Mas tô esperando minha prótese do SUS, ela deve ter a articulação que não consegui ajeitar nesta de madeira”.