23/12/2019 às 13h45min - Atualizada em 23/12/2019 às 13h45min
Município está infestado de focos do mosquito Aedes aegypti
O município de Palma Sola, segundo índices divulgados em novembro, está infestado de focos do mosquito Aedes aegypti, apesar disso, em relação a outras cidades, Palma Sola tem baixo risco de ter contaminação.
Segundo Marcieli Bogo, bióloga que atualmente trabalha na 1ª Supervisão Regional da Saúde de São Miguel do Oeste na Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) no setor de zoonoses (doenças transmitidas por animais e animais peçonhentos) estamos em um momento propício para o mosquito, devido ao clima, calor e chuva aumenta a quantidade deles.
“Em novembro tivemos um levantamento de índices realizado em todo o Brasil. E dos nossos resultados na região, o de Palma Sola não se encontra em situação de alerta. Palma Sola está infestada, mas possui baixo risco de ter a contaminação em relação a outras cidades. Entretanto é só uma pessoa chegar de outra cidade doente e o mosquito irá passa para os outros munícipes. Já temos relatos disso acontecendo, os dados ainda não foram divulgados, mas já temos pessoas doentes na nossa região” declara Marcieli.
Segundo Marcieli, os índices desse ano para Palma Sola foram melhores do que o ano passado, já que o município realizou várias atividades, reduzindo o número de criadouros e de locais com água parada. Foram feitas orientações à população, em empresas privadas, escolas, recolha de materiais, várias atividades que complementaram o resultado, resultando na diminuição de focos.
“Dos 22 municípios que atendemos somente dois não estão infestados, que são as cidades de Barra Bonita e Flor do Sertão. Nesse levantamento que fizemos tinha municípios que mesmo nesse período de inverno, apresentaram autos índices de infestação” destaca a bióloga.
Segundo Bogo, a epidemia ocorre em ciclo de quatro em quatro anos e em 2016 houve uma epidemia forte na região e no Brasil. Em fevereiro e março de 2020 deve ser o período que mais ocorrerá transmissão, o auge do número de focos e casos.
“Estamos nos preparando para 2020, podemos ter uma possível epidemia devido a esse ciclo. Em 2018 tivemos 60 casos no Estado de dengue, em 2019 tivemos 1.900 casos no Estado. No Brasil tivemos um total de 600% de aumento e aproximadamente 500 casos de morte por dengue. Esse é um período que precisamos ter mais cuidado onde moramos, onde trabalhamos e não ter depósitos de água parada para que os mosquitos não se proliferem” finaliza Bogo.
A DIVE
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) é vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina. A Vigilância Epidemiológica é composta por um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, detecção e prevenção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
Dentro do contexto exposto, os objetivos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica compreendem: descrever as doenças e agravos; identificar fatores de risco em grupos de indivíduos que apresentam maior probabilidade de serem acometidos por determinados eventos; prever tendências; avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das populações; verificar o impacto de estratégias de intervenção, assim como as características de acesso e disponibilidade dos serviços de saúde.
A missão da DIVE é desenvolver ações de Vigilância Epidemiológica, prevenção e controle de doenças e agravos e promoção da saúde, a fim de contribuir na melhoria das condições de saúde da população catarinense.