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24/03/2020 às 15h42min - Atualizada em 24/03/2020 às 15h42min

Liberdade de Imprensa

Abaixo seguem duas notas de esclarecimento a pedido da diretoria da Apae Pequeno Guinter de Palma Sola e também a pedido da professora Celeide Ludwig da escola Catharina Seger do distrito do Cerro Azul. As notas buscam esclarecer a seguinte notícia que circulou no Portal Sentinela do Oeste quarta-feira passada, dia 18.

O único erro desta pequena notícia produzida pelo Sentinela é a data em que o fato ocorreu. Minutos após ser noticiado, editamos o conteúdo e voltamos a postar a notícia, conforme ela está no printi acima.
Quinta-feira passada, dia 19, fomos procurados pela diretoria da Apae, pela diretora Joceli Coferri, e posteriormente pela psicóloga da instituição, Daiana Nicloti que solicitaram espaço para uma nota de esclarecimento. O editor do Sentinela, Igor Vissotto, conversou com ambas esclarecendo que foi noticiado o fato. Mesmo não concordando com o conteúdo da nota o espaço foi cedido e a nota de esclarecimento foi veiculada junto com a notícia no Portal Sentinela do Oeste.
Na sexta-feira foi a vez da professora Celeide entrar em contato com o Sentinela. A professora não gostou de ter seu nome divulgado, o que é seu direito, assim como exigiu correção da data, o que já havia sido feito. Notadamente a professora estava abalada com o acontecido e a repercussão da matéria, assim solicitou que retirássemos a nota do Portal Sentinela. Mesmo sem concordar, retiramos.
Na sexta-feira à tarde a professora e o diretor da escola Catharina voltaram a entrar em contato com o Sentinela, queriam esclarecimentos. Foi acordado que eles enviariam uma nota e que esta seria publicada na íntegra.
 
Seguem as duas notas de esclarecimento:

Nota de esclarecimento – Apae Pequeno Guinter
Viemos através desta nota, esclarecer uma notícia que foi publicada no Facebook, na qual mencionava um fato ocorrido com um aluno especial, ou seja, uma pessoa com uma deficiência mental. Sendo que, o quadro clínico de determinada pessoa se configura como DEFICIÊNCIA INTELECTUAL e não deficiência mental. A deficiência intelectual se caracteriza por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades sociais e práticas.
Essa notícia continha informações equivocadas, a qual dizia que o determinado aluno havia agredido fisicamente a professora no ambiente escolar. Sendo que essa informações precisam ser esclarecidas, e que TODA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA TEM SEUS DIREITOS GARANTIDOS PELA ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. A inclusão social das pessoas com deficiência configura entre os direitos sociais básicos expressos em importantes documentos legais e normativos.
Esse aluno por ser uma pessoa com deficiência, frequenta a escola de ensino regular (e frequenta os atendimentos psiquiátricos quando necessário, na instituição APAE Pequeno Guinter de Palma Sola).
Nesses direitos estão inclusos questões relacionadas ao SIGILO com relação ao diagnóstico tratamento e conduta de uma pessoa com necessidade especial.
No entanto, precisamos olhar essa pessoa para além do diagnóstico e humanizar essa questão. Esse aluno, é muito mais do que o diagnóstico de deficiência intelectual, ele é um ser humano como todos nós somos e independente de frequentar os atendimentos psiquiátricos ele possui emoções e sentimentos e portanto está sujeito a crises como qualquer outra pessoa que não possui diagnóstico.
 
 
 
Nota de esclarecimento professora Celeide
 
Eu, Celeide Teresinha de Almeida Ludwig, portadora do CPF 037.838.189-07 Professora da Escola de Educação Básica Catharina Seger, quero esclarecer a todos: alunos, pais e responsáveis, bem como para a comunidade em geral, sobre os fatos ocorridos nesta última segunda-feira, 16/03/2020. Muitas das informações que foram repassadas via jornal, Facebook, WhatsApp não são na sua integridade verídicas. Quero aqui esclarecer que sofri uma tentativa de agressão física por parte de um aluno especial contra minha pessoa, e que não fui hospitalizada, esfaqueada, e nem atingida por ele, como foi noticiado em redes sociais.
Trata-se de uma situação inesperada, que toda pessoa sensata reconhece que não deveria ocorrer, em qualquer situação, muito menos dentro do espaço escolar.
Lamento o ocorrido, pois como educadora, assumo o compromisso contra qualquer forma de agressão, procurando utilizar as ferramentas pedagógicas para coibir qualquer manifestação e comportamento agressivo. Busco sempre medidas disciplinares e pedagógicas possíveis, não apenas no caso do aluno envolvido nesta ocorrência, como também em outras ocasiões, na confiança de que o diálogo e a conscientização sejam as principais ferramentas para combater todo e qualquer tipo de agressão, bem como outras manifestações de intolerância que delas derivam.
Tenho a certeza que a EEB Catharina Seger, é uma escola com ambiente pacífico e descontraído como todo espaço escolar deve ser, priorizando a aprendizagem de maneira consciente e crítica.
Sabemos que este foi um fato isolado que ocorreu. E sempre estaremos atentos para que seja garantida a integridade física e psicológica de nossos educandos, buscando pensar em ações pedagógicas e medidas práticas para que estas situações não voltem a se repetir em nosso espaço escolar.
Atenciosamente, Celeide Terezinha de Almeida Ludwig
 
Palma Sola, 23 de março de 2020.
 
 
Liberdade de imprensa 2
O único propósito em postar uma notícia como o fato da agressão ou ameaça a um professor é para que ele não volte a ocorrer;
O fato do agressor possuir alguma deficiência mental, ou intelectual, como descreve a psicóloga não dá a ele o direito de agredir ou ameaçar de faca um professor, ou quem quer que seja;
O atendimento prestado a este jovem é feito dentro das salas da Apae. Ou seja, mesmo que apenas uma vez por semana ele frequenta a instituição;
Nós do Sentinela, na tentativa de manter bom relacionamento com os envolvidos - professora Celeide e com a diretoria da Apae - cedemos espaço a ambos. Neste momento entendemos que deveríamos ter nos mantido firmes com a notícia e apenas feito a errata sobre a data do ocorrido, mantendo a publicação.
É óbvio que não queremos ter dissabores entre nossos leitores e assinantes. Todavia somos um jornal local, noticiamos o que acontece em Palma Sola e nos demais municípios da região e sempre será uma notícia ruim o fato de alguém ameaçar um professor.
Se não pudermos noticiar livremente o que acontece em nossas cidades, deixamos de ser um jornal, deixamos de ser um veículo de comunicação. Perdemos o nosso propósito!
 
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