16/06/2020 às 15h54min - Atualizada em 16/06/2020 às 15h54min
Iluminação na Linha Tatetos
Cerca de 30 famílias foram beneficiadas com energia elétrica na Linha Tatetos, onde 20 unidades consumidoras já foram ligadas, faltando apenas 8
Na semana passada, cerca de 30 famílias foram beneficiadas com energia elétrica no distrito do Tatetos, em Flor da Serra do Sul; onde 20 unidades domiciliares passaram a ter seu relógio de energia elétrica ligado. Segundo a Procuradora Jurídica, Taciane Andreghetto Cipriani, que é moradora do distrito há 20 anos, faltam ainda outras 8 unidades para serem ligadas. “Comecei a trabalhar na prefeitura em agosto do ano passado e assim que entrei busquei revolver o problema a pedido da prefeita Lucinda e do vice Alcenir”, relata.
Conforme Taciane, há mais de 20 anos muitas famílias da comunidade não possuíam a sua caixa de entrada de energia e acabavam por dividir a energia elétrica com outras pessoas. “Haviam apenas 3 unidades, ou seja três relógios atendendo cerca de 30 casas e quando chegava a conta da energia eles dividiam para pagar”, explica complementando que várias tentativas para solucionar o problema haviam sido feitas, porém quando chegadas a Companhia Paranaense de Energia (Copel), eram negadas.
“O nosso primeiro passo, foi entrar em contato com o novo gerente da Copel, Marcos Vinicius Monteiro. Já havíamos feito uma visita a companhia no ano passado, conversei com o gerente de projetos da época, mas não encontramos uma solução, pela impossibilidade de extensão de rede pela faixa de domínio do DNIT e também pelo fato de não haver documentação da área seria ainda mais difícil. Em 1996, os proprietários da área não possuíam a metragem suficiente para registrar o local como uma propriedade rural, e na época não havia possibilidade de registrá-la como urbana”, relata enfatizando que com isso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) decidiu que a área seria doada à Flor da Serra, mas ninguém possuía conhecimento disso.
“Descobri esse fato quando entrei em contato com o órgão e solicitei o histórico da propriedade. Eram todos posseiros sem regularização. Mandamos um ofício para o Incra pedindo a regularização de doação para o município, que será a próxima etapa. Registrar, criar uma matrícula em nome do município e depois desmembrar a área e criar uma matricula para cada posseiro. Em razão do déficit de funcionários do INCRA , está demorando mais de seis meses para cada análise de requerimento”, continua.
1º pedido
“Meses atrás, com a extensão da rede de baixa tensão, os moradores foram fazer o pedido para a ligação, e a Copel negou, porque não havia nome de rua, nº de casa ou endereço que poderia ser usados no registro. Os técnicos viriam executar o serviço, mas não encontrariam o local da solicitação . Quando começamos a fazer reuniões em busca de um solução, entrou um gerente novo na Copel, o Marcos, e ele se dispôs a conhecer o local pessoalmente, nisto ele visualizou o problema e logo em seguida os trabalhos começaram”, conta Taciane.
Segundo ela, a primeira solução que o gerente propôs, foi o envio de dois técnico para visualizar e fazer um levantamento da área. Junto disso, já foram pedidas duas extensões de redes pelas ruas paralelas, que já foram executadas. “Ainda está sendo providenciada a iluminação pública, nos próximos dias será executada. Assim que os técnicos vieram expliquei a situação social de cada morador, muitos aqui não tinham sequer água quente no chuveiro”, explica.
Solução momentânea
Conforme a advogada, a união de todos os moradores foi fundamental para solucionar o problema, mesmo que ainda falte alguns pontos. “Ainda não há nome nas ruas e nas casas. Foi realizada a ligação com base em nome e CPF dos moradores. Colocamos números nas caixinhas de energia para que quando os técnicos viessem ligar, pudessem identificar a unidade. O problema não era dinheiro, acredito que foi falta de comunicação entre os órgãos, pois a 20 anos atrás não tínhamos a facilidade de comunicação que temos hoje ”, ressalta destacando que a primeira extensão de rede foi realizada em 2018 e custeada pela prefeitura. Já a segunda, não houve custo algum “Essa área foi sancionada em lei municipal como área de interesse social e com isso, a Copel realizou todo o serviço sem custo, por conta de um projeto próprio que beneficia essas áreas”, finaliza.