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16/07/2020 às 17h02min - Atualizada em 16/07/2020 às 17h02min

Família Sewal colhe 3 mil pés de alface por semana

Os preços das verduras variam de R$ 1,75 a R$ 5. As entregas são feitas durante a semana. São mais de 30 supermercados que recebem as verduras cultivadas pela família

A produção de alface numa propriedade do município de São José do Cedro está chamando a atenção na região. O agricultor e pai de cinco filhos, Nelson Sewald, de 66 anos, resolveu deixar para trás a produção de grãos, fumo e leite, e focar na produção de hortaliças no sistema hidropônico. O trabalho está provando que na agricultura familiar é possível obter bons resultados, mesmo com um projeto novo, num sistema não convencional de cultivo, ainda com poucas informações disponíveis. A experiência acontece na Chácara Sewald, que conta com uma área de cerca de 12 hectares.
Todo o trabalho é monitorado pelo filho Juliano, que é responsável pela comercialização. Junto de mais um empregado, estão cultivando cerca de 85 mil pés de hortaliças [alface, tomate, couve-flor, salsinhas e outros] divididos em cinco estufas de 54 metros de comprimento cada – a largura varia de 7 a 12 metros. “O negócio está prosperando. Sou o dono, mas quem cuida são os filhos. Nas estufas, plantamos na faixa de 12 a 15 bandejas de alface por semana; colhemos em torno de 3 mil pés a cada novo plantio. Estamos com as estufas cheias. O destaque maior vai para a alface, que é o nosso produto mais comercializado”, conta Nelson.
Ainda conforme Nelson, as estufas são divididas em 21 bancas, onde há 21 caixas de água. “Temos cerca de 80 caixas de água em tudo. Cada vez que colhemos as verduras das bancas precisamos limpar para depois plantar novamente. As doenças são comuns nas verduras, mas se limparmos elas demoraram a vim”, relata enfatizando que é utilizado o básico de fertilizantes.
 
Comercialização
As estufas começaram a ser construídas há quatro anos [2016]; em dezembro do ano passado a quinta foi finalizada. A partir daí, a produção e comercialização disparou. “Começamos plantando no chão, como tínhamos outras produções, dávamos conta. Começou a ter mais procura e percebemos que teríamos comércio, nisso resolvemos investir apenas neste produto. Hoje trabalhamos apenas com verduras. É uma produção rentável; o investimento é grande, mas o retorno é de curto prazo”, ressalta Juliano complementando que a comercialização é feita pela região, alcançando Guarujá do Sul, Princesa, São Miguel do Oeste, Guaraciaba e o município cedrense.
As verduras são vendidas por até R$ 5, com destaque aos pés de alface que chegam a R$ 1,75. “Oscila conforme o valor do mercado. Vendemos a mais de 30 mercados. Nossas vendas são melhores no verão e os lucros também são mais altos. Já no inverno, temos muitas perdas. Aqui pra nós a estiagem não atrapalhou muito, porque temos bastante água”, explica Juliano ressaltando que são divididos dias da semana para fazer as entregas: no Cedro é todos os dias; em São Miguel três vezes na semana [segunda, quarta e sexta]; em Princesa e Guarujá na terça, quinta e sábado. “Vendemos para mercados, restaurantes e residências. Há uma grande procura. Precisamos apenas do código de barras para poder entregar”, finaliza.
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