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15/01/2021 às 18h15min - Atualizada em 15/01/2021 às 18h15min

Estudante fala sobre receio do Enem em meio à pandemia

Após morte do diretor do Inep por Covid-19, estudantes se dividem entre manutenção da prova e seu adiamento

Da redação
A morte do diretor e general Carlos Roberto Pinto, responsável pela avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), há seis dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), trouxe com força o movimento que pede o adiamento do exame devido a pandemia, mas apesar de ações contrárias, a Justiça Federal determinou pela manutenção da prova, prevista para os próximos domingos, 17 e 24 de janeiro. Estudantes, no entanto, se dividem entre o sonho de entrar numa universidade, já que a nota da prova pode garantir esse acesso, e o medo de contrair o Coronavírus.
Leonara Cristina de Moura tem 18 anos, é natural de Anchieta, mas vive em Palma Sola, onde acabou de se formar no ensino médio, pela Escola de Educação Básica Claudino Crestani. Esta será a terceira vez que fará o Enem. Visto que, nas primeiras vezes, realizou para conhecer a prova e agora pretende utilizar a nota para ingressar no curso de Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), de Chapecó. Entretanto, ela declara já estar inscrita e aprovada na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), de São Miguel do Oeste. Mas como sempre sonhou com a entrada numa Federal, fará novamente a prova, buscando a tão desejada bolsa.
Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, ela se considera “privilegiada”, já que pôde realizar cursinhos gratuitos (on-line) e ter um bom espaço para estudo, em casa. Apesar disso, entende as críticas que pedem o adiamento da prova. “Tenho um certo receio em relação à prova, preferia que estivéssemos em melhores condições. Penso que, devido às condições nas quais o país se encontra, além da desigualdade entre os alunos, o mais justo seria adiá-la”, defende.
Os últimos meses foram agitados para a estudante, que além de trabalhar como menor aprendiz na Coopertradição, precisou se dividir para conciliar as atividades da escola e a preparação do Enem. Ela cita ter usufruído da internet para assistir aulões gratuitos, como os do Descomplica, Sebrae e do Ciee. Além de uma série de livros que adquiriu para pesquisas.
“Estou muito nervosa e com um pouco de medo das condições da prova. Estava ansiosa pela sua chegada, mas com o aumento de casos, já não sinto mais o mesmo. Referente ao ano passado, quando precisei estudar remotamente, posso dizer que foi complicado, mas que tudo aquilo me mostrou o quanto eu era capaz de correr atrás das coisas. Acredito que boa parte dos alunos sentiram o mesmo. Se queríamos aprender o conteúdo, tínhamos que tentar entrar em contato com os professores, que muitas vezes não conseguiam nos atender, apenas um pouco depois. Buscamos pesquisar mais, ler mais, assistir aulas, assim por diante”, esclarece.
 
O que você precisa saber para fazer o Enem
A atual edição impressa da prova será aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro. Num projeto piloto, o exame será realizado também numa versão digital para 100 mil inscritos, desta vez nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, mais de 5,7 milhões de inscritos foram confirmados. As indicações é que os alunos confirmem em seus cartões de inscrição onde devem realizar a prova.
Estudantes que tiverem contraído o Covid-19 ou que estejam isolados devido o contato direto com alguém que teve a doença poderão pedir para participar da reaplicação da prova, em fevereiro, quando o exame deve ocorrer nos dias 24 e 25. A solicitação poderá ser feita na “Página do Participante”, do Enem.
A medida também serve para outras doenças infectocontagiosas, como: conqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola e varicela.
O Inep orienta o participante que seja acometido por sintomas de quaisquer doenças no dia ou na véspera da realização do Enem a entrar em contato também pela Central de Atendimento, no número 0800-616161, de modo a agilizar a análise do caso.
 
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