02/02/2021 às 23h56min - Atualizada em 02/02/2021 às 23h56min

São José do Cedro livre de brucelose e tuberculose

Seis propriedades interioranas receberão a certificação de área livre de zoonoses, pela Coopacep, em parceria com o Sebrae e CIDASC

Da redação
A Cooperativa de Produtos da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Coopacep), de São José do Cedro, em parceria com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), irá entregar o certificado de “Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose Bovina” a seis propriedades localizadas entre São José do Cedro, Princesa e Dionísio Cerqueira.
O documento, emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), comprova que o leite e produtos derivados obtido nos locais, provém de animais sadios. As fazendas foram acompanhadas durante aproximadamente um ano e passaram pelos processos de exames de brucelose e tuberculose, que isenta o teste de diagnóstico para transporte e participação em eventos agropecuários, enquanto durar sua validade. O procedimento é voluntário, voltado a produção de gado de corte ou leiteiro. Neste caso, são aplicadas medidas de saneamento e vigilância sanitária, que garantem a qualidade do leite e seus derivados.
O médico veterinário da cooperativa, Márcio Gozzi, relata que o projeto iniciou ainda no ano passado, mas devido à sua complexidade, levou quase um ano para ser finalizado. “Num primeiro momento, o projeto englobaria pelo menos 35 fazendas, associadas à cooperativa ou ao Sindicato, mas apenas 10 receberam a certificação. Outras 10 já tiveram todos os documentos aprovados. As demais estão esperando o resultado dos exames. Além disso, três propriedades deram problemas, mas estão tentando solucionar”, esclarece.
Esclarece ainda que existem normas que regulamentam a erradicação das zoonoses (doenças), e as empresas estão cobrando das propriedades os atestados negativos na hora da compra. “Qualquer documento que não esteja de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, necessita ser refeito”, conclui ressaltando que o processo é rigoroso e que o produtor que queira buscar a certificação deve entrar em contato com um médico veterinário de sua preferência, se informar e começar os procedimentos de análise. Ele ressalta que são necessários dois exames, com intervalo mínimo de 6 a 12 meses.  
 
Processo de certificação
Acrescenta que o processo de exames é distinto do processo de certificação. Para obter a certificação final, é preciso que todos os animais da propriedade passem por inspeção. Os com mais de 45 dias de vida (podendo ser macho ou fêmea) passam pelos exames de tuberculose e os acima de oito meses, pelos de brucelose. Caso o macho esteja castrado, não pode passar pelo de brucelose.
“No exame, se o produtor quer fazer em cinco vacas, é feito. Já na certificação não, ela deve ser feita em todos os animais da propriedade, que tenham o brinco. A quantidade deve estar correta conforme está no CIDASC. Se tiver 15 animais na propriedade, devem ter 15 brincos cadastrados e, se o animal morrer, o produtor deve dar baixa no número do brinco”, ressalta frisando que das 35 propriedades inscritas, 33 irão ser certificadas. Foram feitos cerca de 2.200 exames em animais, entre o 1° intervalo e o 2°.
 
Problemas distintos
Márcio relata que muitos agricultores possuíam irregularidades nas documentações da propriedade. Segundo ele, tudo deve estar em dia. Numa positivou o teste para reagente, levando mais um ano para solucionar. Noutras, os produtores não estavam com as documentações cadastradas na Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC). Ele esclarece que para ser feito o exame, precisa-se do inventário da companhia. “Estaremos realizando um novo projeto, que pretende beneficiar Guarujá e Palma Sola”, finaliza.
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