11/02/2021 às 08h08min - Atualizada em 11/02/2021 às 08h08min

“Ainda queria poder trabalhar”

A afirmação é de Olívia Pedroso, de 79 anos, que relatou ao Sentinela as dificuldades de sua velhice, já que não consegue mais trabalhar, por conta de sua saúde

Da redação
A velhice deve ser compreendida em sua totalidade porque é, simultaneamente, um fenômeno biológico com consequências psicológicas. Como todas as situações humanas, a velhice tem uma dimensão existencial, que modifica a relação da pessoa com o tempo, gerando mudanças em suas relações com o mundo e com sua própria história. Assim, ela não poderia ser compreendida senão em sua totalidade; também como um fato cultural.
Neste sentido, acredita-se que a velhice é difícil de ser definida, principalmente quando se almeja uma velhice saudável, desejada para todos e por todos, nos dias atuais. Explorando essa discussão, o Sentinela entrevistou Olívia Pedroso, de 79 anos, que relatou sobre as dificuldades da vida e de sua velhice. Já que não consegue mais trabalhar e quase nem sair de casa, por conta de sua saúde.
 
Histórico
Olívia é natural de Caxambu-MG, vindo a Palma Sola para trabalhar, em meados da década de 70. Passou um tempo também em Campo Erê, onde trabalhou em escolas, ajudando na cozinha e na limpeza. Retornou ao município palmassolense para trabalhar na Palmasola S/A. Num primeiro momento, morou no Bairro Palmares, e após o falecimento do esposo, datado há cerca de 30 anos, mudou-se à Rua Adolfo Konder, em frente ao estádio.
Possui quatro filhos: um já falecido, um morando em Itapema-SC, e outros dois no município. Destes, vieram os 13 netos e sete bisnetos. A senhorinha destaca que se aposentou aos 55 anos, como diarista. “Estou mais tranquila agora, mas antes parava mais no hospital que em casa”, relembra esclarecendo que sofre com problemas respiratórios e dores na coluna.
Sem muitas alternativas, realiza os serviços básicos da casa, possuindo a ajuda de uma mulher para o serviço pesado, que mora junto na residência. Segundo ela, para evitar a falta de ar e poder sair de casa, é preciso usar a bombinha (broncodilatador inalatório de ação curta). “Sempre trabalhei bastante e, se não fosse minha saúde, ainda teria condições de trabalhar”, complementa. Olívia não pode concluir o ensino médio, por falta de recursos. No momento, mora ao lado de um filho.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Sentinela do Oeste Publicidade 1200x90