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24/02/2021 às 17h23min - Atualizada em 24/02/2021 às 17h23min

Barbearia Osmar e Filho completa 25 anos

Em entrevista ao Sentinela, Osmar Schuk, ao lado do filho Lucas, relatam a trajetória do empreendimento em Palma Sola

Da redação
O brasileiro naturalmente se preocupa com beleza e bem-estar. Aliado ao crescimento do setor de saúde e beleza, que gera fatores positivos para a economia nacional, prova que, historicamente, os momentos de dificuldades econômicas têm sido o berço de ótimos negócios. Quem afirma esta citação é Osmar Schuk, proprietário da Barbearia Osmar e Filho, localizada em Palma Sola, que em entrevista ao Sentinela, relata a trajetória de seu negócio, que festeja seus 25 anos de projeção.
Ao lado do filho Lucas, comanda um dos salões mais movimentados da cidade. “Tinha um agregado que morava na nossa terra, em Seara – SC, e quando fui visita-los, me deparei com a mãe cortando o cabelo do filho, logo disse que estava parecendo um abacaxi. Ela riu e me desafiou fazer melhor. Claro que disse que faria! Aliás, tinha ido uma semana antes a cidade cortar meu cabelo, e reparei como fazia. Finalizei o serviço e logo o pai do moleque me pediu para cortar o dele também. Foi ai que tudo começou!”, relembra ressaltando que tinha apenas 13 anos e que Seara é sua cidade natal.
Cita que ajudava os pais na lavoura e nos finais de semana, realizava o serviço em amigos e conhecidos. O corte era mais o menos o mesmo, básico. Em alguns meses, passou a trabalhar como operário, já tendo seus clientes fixos. Depois de mais velho, decidiu fazer cursos de aperfeiçoamento, passando, logo depois, a trabalhar em um salão de beleza em São Miguel do Oeste, atendendo apenas público masculino. Após sete anos na empresa, mudou-se a Palma Sola, já abrindo seu próprio espaço, em frente ao calçadão. Relembra que seu primeiro cliente foi Roque Olberman e que ficou apenas sete meses naquele local, mudando-se para o outro lado da rua, onde permaneceu por 12 anos.
 
O filho no mesmo ramo
Após anos sendo um dos poucos barbeiros em Palma Sola, Osmar não conseguia mais manter o serviço sozinho, já sentia fortes dores nos braços e nas pernas por ficar por horas em pé, todos os dias. Há cinco anos, convidou seu filho Lucas Schuk, que com pouco menos de 20 anos de idade decidiu ajudar o pai e seguir seus passos. Com dois cursos de aperfeiçoamento, assume boa parte dos atendimentos.
“Eu não queria trabalhar com isso, mas como vi que o pai estava sobrecarregado, decidi ajudar. E com os cursos, comecei a gostar, e estou até hoje”, relata dizendo que existem dois lados em trabalhar com o próprio pai. “Não posso chegar atrasado, porque ele sabe que eu estou em casa. Mas posso sair pra resolver coisas em qualquer horário, porque ele entende também. Ele não pega tanto no pé como chefe, mas pega mais como próprio pai”, comenta Lucas.
 
Serviço disputado e pandemia
O proprietário conta ainda que nos últimos anos, teve uma queda na procura por seus serviços, pois na cidade abriram mais oito barbearias, o que dispersou o público. “Hoje já não temos aquele movimento de antigamente”, diz. “Agora é mais fácil fazer um curso de barbeiro, e ainda mais com o desemprego instalado na nossa região”, afirma relatando que quando fez seu curso pagou uma média de quatro salários, fora as despesas de se manter em Concórdia. “Nossa área, é bem concorrida hoje em dia”, afirma.
Durante a pandemia, cita que o serviço diminuiu mais ainda, onde ficaram 20 dias fechados. Lembra que seu maior público são idosos. “Até hoje o movimento não voltou como antes. Muitos não saem de casa por medo, meu público é mais idoso, em vez de virem a cada 30, 45 dias para cortar, hoje vêm a cada 60, 90, por medo”, finaliza.
Questionado sobre quais palavras definem seu trabalho, destaca: “humildade, amizade e profissionalismo”. Afirma ainda que profissionais devem atender clientes sem olhar estereótipos: “temos que atender todos que aparecem, preto ou branco, feio ou bonito, pobre ou rico, tem que ser o mesmo atendimento. O dinheiro de cada um vale igual pra mim”, sobressai.
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