08/03/2021 às 14h26min - Atualizada em 08/03/2021 às 14h26min

Especial Dia da Mulher: Recomeçar, por meio da arte

As oito fases da mulher atual

Da redação
Como bem sabemos, a sociedade evoluiu desde a época em que os afazeres domésticos eram pura e simplesmente tarefas destinadas a mulher. E mudou ainda mais, desde que puderam ter liberdade para disputar espaço no mercado de trabalho, transpondo as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar. E é graças às investidas femininas sobre o poderio masculino do início da década de 1970, que hoje são duas mulheres que redigem esta reportagem.
É fato, de lá para cá muita coisa mudou, mas há ainda um grande caminho a ser percorrido em meio à constante busca por igualdade de gênero, direitos e principalmente por respeito. E é assim, com a finalidade de deixar clara a importância e legitimidade do poder de escolha de cada mulher, por sobre seu contexto e seus objetivos de vida, que o jornal Sentinela escolheu contar oito diferentes histórias, de mulheres palmassolenses, que simbolizam o empoderamento feminino.

- Recomeçar, por meio da arte
Mãe de três meninas, a artista Marizete Reginatto, de 50 anos, retorna a Palma Sola, sua cidade natal. Salienta que casou aos 16 anos, indo morar em São José do Cedro, seguindo logo depois, já solteira, para Navegantes. Frisa que retornou a cidade para comemorar seu quinquagésimo aniversário. “Sou autodidata, desde novinha pintava tudo, meus tênis era uma semana amarelo outra vermelho”, comenta. Com diversos cursos profissionalizantes, trabalhou por quase 30 anos com arte. “Esse é um dom que recebi de Deus. É o que me dá alegria de viver e ensinar os outros, é como se eu nascesse a cada tela”, ressalta acrescentando que como artista, já passou por diversas dificuldades. “As pessoas acham que a arte é uma coisa supérflua. Um artista quase sempre fica famoso depois que morre, mas eu não procuro olhar isso, procuro ver além, buscar todo dia ter vontade de continuar. Não fica rica, não fica, mas o que é a riqueza? Para mim, é o que damos aos outros, o que recebemos, o que somos”, conclui. Para ela, mais mulheres deveriam fazer arte. Cita que independente da profissão, todas devem se valorizar, se descobrir, amar. Se define como uma guerreira, que passou por diversas provações e humilhações. “Tive uma fase muito ruim na minha vida, onde procurava culpados, mas hoje eu vejo que são as escolhas que fazemos, e que nem por isso eu vou me culpar, porque a gente não adquiri o conhecimento num estralar de dedos, é com o tempo. Os conhecimentos vêm com o que a gente faz, com o que a gente aprende com os erros da vida, com os acertos. Hoje eu me sinto uma pessoa em paz, que está colhendo o que plantou. Estou muito realizada, muito feliz!”, finaliza comentando que neste dia especial, todas as mulheres devem comemorar a liberdade de expressão, o poder de se redescobrir, se reinventar, não dando espaço para a negatividade, para pessoas que não queiram que isso aconteça.
 
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