Divulgação A professora Rozane Bortoncello Moreira (PT) está em sua primeira gestão como prefeita municipal de Campo Erê, sendo seu vice Roque Jucemar de Melo (PL). Foi vereadora na gestão passada. Nesta eleição, competiu contra 3 adversários, Luizinho (AVANTE), Gilberto Amaral (PDT), Christina Roman (PATRIOTA) e Raquel Cristina (PODEMOS) candidata e esposa do ex-prefeito Nego Lima. Venceu com aproximadamente 50% dos votos um total de 2.880. Nos quais seus oponentes somados deram 1.437 votos, os demais votos foram anulados pois a principal oponente, Raquel, foi impugnada.
Como está se sentindo como prefeita?
Estou feliz, a contar pelo que vislumbro à frente. Eu via muitas situações como vereadora e naquele momento não tinha poder de decisão, agora tenho este poder e posso resolver situações de fato.
Uma das coisas que me frustra é a burocracia da Administração Pública, seja em razão dos prazos ou da morosidade. Neste sentido estamos encaminhando vários projetos de modernização da gestão. Vejo que na tributação precisamos implementar a tecnologia, para termos protocolos on-line. Acabar com tanto papel e projetos impressos. Isto agiliza e traz transparência.
O que de mais significativo conseguiu realizar nos seus 100 dias?
Ainda estamos no período de lua de mel com a população campoerense. Também em razão disto conseguimos resgatar a confiança de muita gente aqui de Campo Erê, pessoas que pensavam em ir embora por falta de emprego, de oportunidade. Conseguimos resgatar esta esperança. Estou provocando muitos a investir aqui em Campo Erê.
Por exemplo, hoje há terrenos grandes e muito bem localizados no centro da cidade, mas da iniciativa privada. Fui pessoalmente até alguns proprietários e consegui muitos termos de concessão de uso por 5 anos prorrogáveis por mais 5; nestes pretendo construir áreas de lazer, como uma quadra de areia.
Secretaria da Cidade
Esta é a secretaria que cuida do urbanismo, iluminação pública, asfalto, portais a limpeza das ruas. Tínhamos planejado o início do asfaltamento de 11 quadras, entre alas boa parte da Rua Maranhão, onde iremos revitalizar e recapar o asfalto. Nas últimas semanas construímos novas tubulações na Maranhão, resolvendo o problema de alagamento, especialmente em frente ao Banco do Brasil.
Foi possível iluminar mais uma rua da cidade com LED, no bairro Jardim das Flores, próximo ao Inho Motos.
Lançamos processo licitatório para revitalização do portal de acesso à cidade. Aqui é um exemplo que acabo me chateando com a burocracia para fazer as coisas acontecerem. Porque para concretizar uma ação pública é preciso: 1º Projeto de engenharia, 2º um projeto de lei para câmara, 3º um processo licitatório. Ou seja a partir de um desejo é preciso pelo menos três meses só com a parte burocrática, depois se tudo correr bem com a licitação ainda teremos o tempo de execução da obra.
Aqui também preciso falar e pontuar um compromisso ainda de campanha que é a geração de emprego e renda. Temos uma área industrial abandonada no meio do mato aqui em Campo Erê, assim como outra área que sequer tinha medições topográficas, próximo ao CTG. Primeiro passo foi fazer a demarcação dos terrenos nesta área próxima ao CTG, depois fomos atrás de empresários com interesse em investir. Nesta semana assinamos o primeiro contrato com uma empresa de embutidos de Francisco Beltrão que se instalará aqui e deve gerar inicialmente entre sete e 10 empregos diretos. Temos mais três empresas com solicitação de incentivos fiscais para se instalarem aqui no município.
Secretaria de Saúde
Obviamente o foco foi o combate ao Covid-19. Nestes 100 dias adquirimos pelo menos 3.000 testes rápidos, adquirimos e disponibilizamos os kits de tratamento para o Covid (Ivermectita, cloroquina, azitromicina e zinco) e deixamos a disposição dos médicos. Eles avaliam e receitam o que foi necessário.
Nas últimas semanas conseguimos baixar nossos números, mas por uma série de fatores, exemplo adquirimos um respirador de transporte, que está disponibilizado no hospital local. Adquirimos grande quantidade de medicamentos para disponibilizar aos médicos, destinamos uma unidade exclusiva para atendimento do Covid. Também contribuiu o medo, muitas pessoas em pânico porque familiares estão morrendo. O comércio de maneira geral contribuiu para a redução dos números, seguindo protocolos de saúde, como o uso da máscara, álcool gel e o distanciamento social.
Nós criamos um programa chamado Mimos, que é específico para cuidar da saúde dos profissionais da área. Iniciamos com uma formação aos profissionais sobre atendimento humanizado, sensibilizando nosso funcionário para atender bem. Deixar claro a eles que muito dos atendimentos não são necessariamente clínicos. Muitas pessoas que chegam na secretaria de saúde necessitam de um olhar humano, que seja sensível às necessidades do munícipe. As vezes não é o remédio, mas alguém que escute, que encaminhe para o psicólogo, que encaminhe ao social para resolver um problema lá da família.
Há várias outras ações previstas para melhorar a saúde e obviamente o desempenho dos profissionais desta pasta: Reick, massagens, terapia de grupos, acupuntura, atividades com música.
Secretaria de Agricultura e Infraestrutura Rural
A grande dificuldade nesta pasta foi como encontramos as nossas máquinas. Temos duas retro, nenhuma estava funcionando, duas patrolas, nenhuma funcionando, oito caminhões, apenas três ligavam, estes ainda precisavam trocar pneu, óleo, os demais nem ligavam. Dois tratores de pneus, um parado há mais de dois anos e o outro funcionava precariamente. Caminhão prancha parado. O que estava rodando era o caminhão pipa, mas com os pneus dos ônibus escolares. Escavadeira hidráulica parada há mais de dois anos e com diversas peças desaparecidas. Dois rolos compactadores também parados.
Neste momento só não está em funcionamento um rolo compactador e a escavadeira hidráulica, estamos em processo de licitação para arrumar tudo. Uma das patrolas arrumamos e voltou a estragar, a outra está trabalhado.
Esta manutenção para colocar a frota para trabalhar consumiu dos cofres públicos mais de R$ 500 mil. Sem falar na manutenção básica, troca de pneu, óleo, entre outros.
Também foi possível iniciar o trabalho de recuperação de estradas principais, nas comunidades Itatiba e Faxinal. Foi possível mexer nestas áreas porque não necessitou do rolo-compactador. O concerto do rolo está em processo licitatório. Fizemos a recuperação de cinco pontes de alvenaria, para o meu mandato quero pelo menos fazer as cabeceiras em concreto, além de construir pontes inteiras de concreto.
Trabalhamos dois meses no atendimento a confecção de silagem e a construção de 26 valas de silagem. Temos algumas comunidades que sofrem muito com a estiagem, a exemplo linha Bicudo, Sentinela, Assentamento Olívio Albani, São João e Belo Horizonte na Grande Taborda. Na São João fizemos o planejamento de recuperação da canalização existente do poço artesiano. Noutras comunidades prevemos a perfuração de poços artesianos. Paliativamente estamos levando água com o caminhão pipa.
Encaminhei um projeto de lei que está na Câmara para parcelamento da hora/máquina para o nosso agricultor. O objetivo é parcelar o pagamento desta hora, parece pequeno, no entanto faz grande diferença na vida econômica de um agricultor, a exemplo de um produtor de leite que vai poder pagar suas horas de silagem conforme recebe o valor pela venda do leite.
Secretaria de Assistência Social
A questão habitacional sempre foi o Calcanhar de Aquiles de Campo Erê. Nos primeiros meses de governo recebi muita gente pedindo pra arrumar um terreno. Não sei exatamente como, mas se criou uma questão que Campo Erê dá terra, dá casa. E não funciona desta maneira.
O que ainda estamos fazendo é regularizar ocupações irregulares. O segundo passo é resolver o déficit habitacional, neste sentido já fizemos duas reuniões com o superintendente habitacional da Caixa para acessar programas de habitação para pessoas de baixa renda. Onde o município garante o terreno e pessoas pagam prestações que caibam no seu bolso para a construção da casa própria.
Há poucos dias presenciei a ordem de despejo numa área na entrada da cidade. Aquilo me machucou como mãe, presenciei uma mãe grávida que terá que desmanchar a sua casa em poucos dias. Porém é uma medida dura que precisa ser feita para termos programas habitacionais funcionando para quem realmente precisa funcionar. Hoje, infelizmente, temos muita gente fazendo dos programas habitacionais um negócio e isto tem que ser coibido.
Ainda em campanha prometi para mim mesmo que trabalharia para melhorar a situação dos bairros mais carentes do meu município. Casas precárias, miséria, fossas a céu aberto. A partir disto organizamos um programa chamado Minha Casa + Feliz, inicialmente para atender as famílias do bairro Vila Feliz. Neste programa vamos destinar um valor para cada família resolver alguma coisa na sua casa, pode ser a fossa, o banheiro, o telhado, mas obrigatoriamente vamos pintar a casa. O objetivo é colorir aquele bairro, deixar o lugar bonito, tirar o aspecto minimalista. Fazer tudo isto em sistema de mutirão, instruídos por um pedreiro os moradores entram com a mão de obra.
Vamos proporcionar isto, recursos, mas vamos exigir uma contrapartida, inclusive participando de programas de qualificação profissional.
Secretaria de Educação
Em Campo Erê retomamos às aulas dia 22 de março, mas por mim teríamos voltado antes.
No aspecto pedagógico queremos melhorar significativamente a qualidade de ensino ofertada. Também vamos ampliar o número de vagas nas creches, para atender esta demanda está em processo licitatório a ampliação da escola CEI Turma da Mônica, no bairro Mello, com mais duas salas de aula, refeitório e banheiros. Também temos o projeto de reforma e ampliação do CEI Anjo da Guarda no bairro São Francisco e vamos fazer a reforma do CEM João Telles Padilha no centro.
Recuperamos toda a frota de veículos, temos 12 ônibus em funcionamento, todos em perfeito estados e agora devidamente equipados para garantir a segurança dos nossos alunos, inclusive na prevenção do Covid.
Estamos licitando mais uma Van Refrigerada – fruto de uma solicitação quando eu ainda era vereadora para a deputada Luciane Carminatti (PT) – os R$ 150 mil estão em conta e vamos colocar mais contrapartida.