25/08/2021 às 09h12min - Atualizada em 25/08/2021 às 09h12min

O que tem na farmácia do posto?

A farmácia do posto de saúde de Palma Sola oferece medicamentos para tratar a saúde da mulher, o tabagismo, os insulino dependentes e a Covid-19

Da redação
Sofia Bertolin: A cada três meses chegam medicamentos do Ministério da Saúde. São eles, remédios contra o tabagismo, do Programa da Saúde da Mulher e Insulina.
Hoje a farmácia da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Palma Sola possui 231 itens. A Farmacêutica Ana Paula Oliveira Vilela explica que a farmácia básica municipal tem medicamentos complementares, a mais do que o previsto na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME). “Temos todos os medicamentos prescritos pelos médicos e dentistas do posto de saúde. Vamos um pouco além do básico para atender a demanda da população, Por exemplo, temos antidepressivos que são bem caros, mas que o município está bancando pois as pessoas precisam” acrescenta Ana Paula.
A quatro anos não falta nenhum item na farmácia. “Muitas vezes as pessoas vão consultar com um especialista, quando voltam acabam não encontrando o medicamento em nossa farmácia. Vale lembrar que mesmo oferendo alguns itens diferenciados, nossa farmácia ainda é básica. Recebemos pouco em contrapartida do Estado e da União para manter o estoque de medicamentos. Demandamos de muito mais recurso então todo ano o município investe quase R$ 500 mil na nossa farmácia” explica Ana Paula.
Os medicamentos tem uma certa ordem de organização. Os remédios controlados, famosos tarja preta, ficam em armários com chaves. Os demais ficam no almoxarifado, longe do chão. Alguns medicamentos precisam de controle de temperatura para manter sua integridade.
 
QUALIFAR-SUS
Em 2019 a farmácia do posto de saúde começou a receber um recurso do programa QUALIFAR-SUS. “Todos os anos o município recebe um recuso desse projeto. Não podemos comprar medicamentos com esse dinheiro mas podemos investir na infraestrutura e mobiliários para a farmácias” explica a farmacêutica.
 
Medicamento não está disponível
Quando algum medicamento de alto custo não está disponível na farmácia básica existe a lista do Estado, que fornece esses remédios. Para ter acesso a eles é montado um processo através dos protocolos do Ministério da Saúde, que é avaliado pelo Estado. “Atualmente 200 pacientes recebem esses medicamentos, alguns utilizam mensalmente remédios no valor de R$ 15 mil, que são bancados pelo Estado e Ministério da Saúde. Outros recebem ampolas de medicamento e cada uma custa R$ 1.500.” acrescenta a farmacêutica.
 
Ministério da Saúde
A cada três meses chegam medicamentos do Ministério da Saúde. São eles, remédios contra o tabagismo, que vem em vários formatos: adesivos, tabletes de nicotina, remédio contra ansiedade entre outros.
Do Ministério da Saúde também chegam os medicamentos do Programa da Saúde da Mulher: anticoncepcionais injetáveis (mensal e trimestral) e comprimido. Pílula do dia seguinte e DIU. Alguns anticoncepcionais também são adquiridos pelo município.
A farmácia básica também recebe Insulina. 50% dos insulino dependentes recebem as canetas preenchidas. Todos os insulino dependentes recebem lancetas (agulhas pequenas de uso único), fitas, aparelho para dosagem da glicemia e a insulina em frascos. “Nas canetas preenchidas a agulha é muito fina, trazendo mais conforto ao paciente. Para receber a caneta existe um protocolo diferenciado, é preciso ter menos de 19 anos e mais de 50 anos” explica Ana Paula.
 
Saúde mental
A cada dois meses são separados os medicamentos para tratar a saúde mental. “Muitos antidepressivos são adquiridos pelo município, alguns deles são como citalopram são caros mas os disponibilizamos pois a população necessita. Os pacientes buscam seus remédios, para os que são acamados e impedidos de vir até o posto, as agentes de saúde entregam o medicamento em casa” diz a farmacêutica.
 
Tratamento do Covid-19
O posto sempre teve todos os medicamentos para o tratamento do Covid-19. As vitaminas, cloroquina, ivermectina, mas eles só são liberados com prescrição médica. “Então fica a critério do médico avaliar a pessoa e receitar o medicamento. O paciente ao receber a cloroquina, assina um termo, onde se mostra consciente dos efeitos colaterais do remédio” conclui a farmacêutica Ana Paula.
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