06/11/2021 às 10h37min - Atualizada em 06/11/2021 às 10h37min

Saúde decreta surto de mão-pé-boca na região

Cedro, Palma Sola e outros municípios na região registram surto da doença mão-pé-boca

Reprodução
São José do Cedro, Palma Sola e outros municípios da região registraram surto da doença mão-pé-boca nas crianças. A doença, ou síndrome mão-pé-boca, é viral, altamente contagiosa e vem causando medo nos pais.
 A síndrome ou doença mão-pé-boca acomete principalmente crianças menores de cinco anos e os principais sintomas são vômito, náuseas e diarreia, além das lesões no corpo que atingem mãos, pés e boca. Não há tratamento específico para a doença, ela surge e desaparece, na maioria dos casos, entre 5 e 7 dias contados a partir dos primeiros sintomas. O ideal é que, nesse período, os pais e responsáveis isolem as crianças e evitem levá-las à escola e a locais com grande circulação de pessoas.
Em Cedro há vários casos nas creches e demais unidades de ensino. Até a sexta-feira, dia 5, pelo menos 18 casos foram confirmados. Devido ao grande número de casos foi decretado surto do vírus. A situação está sendo monitorada há algumas semanas de forma conjunta pelo setor de epidemiologia, vigilância sanitária, administração, e as unidades de ensino, inclusive a equipe de fiscais de vigilância sanitária já esteve nas creches para explicar sobre a necessidade de limpeza e higienização dos ambientes escolares para garantia da saúde dos professores, servidores e alunos.
Conforme os profissionais de saúde, a ocorrência dessas doenças é comum nesta época do ano, mas o grande movimento de crianças que retomaram as aulas presenciais após tanto tempo de reclusão por conta da pandemia pode ter ajudado no contágio.
Em Palma Sola, cinco casos foram registrados e a Unidade Básica de Saúde pede que os pais fiquem alertas e tragam as crianças para fazer avaliação no caso de algum sintoma. “A síndrome pode acometer adultos, mas são crianças menores de 5 anos que são mais afetadas. O diagnóstico, ou suspeita da doença, é feito observando as crianças, geralmente aparecem lesões, pontos vermelhos, na boca, palma das mãos e pés, contudo não são os únicos locais onde podem aparecer lesões, mas são os mais comuns. Essas lesões são dolorosas, algumas crianças vão apresentar sintomas mais leves, outras terão febre e não vão conseguir se alimentar. Nesses casos devemos ficar alertas para que a criança não apresente um quadro de desidratação”, alerta a médica Jéssica de Lima Almeida Silveira.
O cuidado básico para evitar o contágio é afastar a criança de outras. “A creche é onde essas crianças têm mais contato, lembrando que a creche não é o foco da doença, as crianças é que estão contaminadas, podem ter pego até de um adulto, pois esse vírus fica no sistema digestivo das pessoas e de alguma maneira chega às crianças, que podem estar desenvolvendo a doença”, explica a enfermeira Edite Cirino, responsável pelo setor de epidemiologia de Palma Sola.
Lavar bem as mãos, usar álcool em gel, descartar fraldas em locais apropriados e lavar bem os alimentos na hora da alimentação também fazem parte dos cuidados básicos. A orientação é que os pais procurem a unidade de saúde em caso de suspeitas. “Caso a criança apresente algum sintoma ela deve ser avaliada pelo médico, que dá um diagnóstico e atestado, para que essa criança não vá para a escola. Essa criança também não deve receber visitas, assim quebramos o ciclo de transmissão do vírus”, afirma Edite.


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