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16/07/2022 às 08h55min - Atualizada em 16/07/2022 às 08h55min

Palmassolense é um dos caminhoneiros presos na nevasca dos Andes

“A comida nós fazemos no caminhão, mas como ficamos muitos dias parados tudo vai se acabando, inclusive água para tomar, então não é fácil”, relata Rogério Pauletti

Palma Sola
Da redação
Divulgação
Cerca de 3.500 caminhoneiros que atuam transportando mercadorias entre os países do Mercosul estão enfrentando uma situação difícil desde sexta-feira (8), quando foram pegos de surpresa por uma nevasca nos Andes, na rota internacional que liga a Argentina ao Chile através de Mendoza.
O clima é hostil, com temperaturas de até -10ºC, sem acesso a fontes de água potável e banheiros, os motoristas, entre eles muitos brasileiros, estão tendo que improvisar para sobreviver às baixas temperaturas, em condições precárias.
Os caminhões estão retidos em estradas, postos de gasolina e pátios improvisados esperando para cruzar a fronteira, impedidos de avançar por conta da enorme quantidade de neve que cai nos Andes e a persistência das nevascas, que fecharam os postos de imigração e a aduana.
Os caminhoneiros que lotavam as estradas foram levados até uma região onde funciona uma refinaria de petróleo, onde estacionaram seus veículos num grande terreno, usado praticamente todos os anos como um pátio improvisado, quando as condições climáticas impedem que eles sigam.
Um dos brasileiros presos na nevasca é Rogério Pauletti, natural do município de Palma Sola. “Estamos parados na província de Mendoza no pátio de uma refinaria, a uns 250 quilômetros da cordilheira dos Andes, onde tudo está coberto com muita neve. Têm vários motoristas de vários países do Mercosul nesta viagem, De Palma Sola sou só eu, mas tenho outros colegas que estão no Brasil que vem pra cá também”, relata Rogério.
Segundo ele, os maiores problemas são o banho, alimentação e água potável. “A comida nós fazemos no caminhão, mas como ficamos muitos dias parados tudo vai se acabando, inclusive água para tomar, então não é fácil. A questão do combustível é tranquila, a empresa nos dá esse suporte, com o combustível e também com dinheiro”, conta.
O inverno no Chile dura cerca de 4 meses, Rogério relata que é sempre um período difícil para os caminhoneiros, que passam muitos dias fora de casa: “A família fica no Brasil, todos preocupados e apreensivos, mas como sou apaixonado pela profissão tudo se torna mais fácil”, afirma Rogério.
Ele saiu do Brasil no dia 29 de junho e está parado em Mendonza desde o dia 8.


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