29/08/2022 às 10h00min - Atualizada em 29/08/2022 às 10h00min

Macaco é encontrado morto

A suspeita é que o animal seja vítima da febre amarela. No ano passado, dois macacos mortos pela doença foram encontrados, também na linha São João, interior do município

Palma Sola
Secretaria de Saúde de PalmaSola
Divulgação
Na manhã do dia 26, foi encontrado no interior de Palma Sola, na linha São João, um macaco prego morto, a suspeita é que ele esteja com Febre Amarela. Em abril do ano passado, dois macacos pregos encontrados mortos na linha São João foram infectados pela doença.
Foi realizada coleta de material genético para análise, o objetivo é descobrir se o animal tem febre amarela silvestre. O material foi encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública de Florianópolis, onde está sendo analisado. A coleta foi feita por biólogos da Gerência Regional de Saúde de São Miguel do Oeste, em parceria com a equipe de Epidemiologia do município. A previsão é que o resultado chegue em 15 dias.
A Secretaria de Saúde orienta a toda população palmassolense esteja em dia com a situação vacinal da febre amarela. As crianças fazem a primeira dose aos 9 meses e o reforço com 4 anos de idade. Todos os adultos devem ter pelo menos uma vacina contra febre amarela registrada na caderneta de vacinação. Quem está na dúvida e os não vacinados devem procurar com urgência a sala de vacinas no posto de saúde.
 
A doença
Segundo o Ministério da Saúde, a febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. Os casos da doença no Brasil são classificados como febre amarela silvestre ou febre amarela urbana.
O vírus causador e os sintomas clínicos da doença são os mesmos nos dois casos: a diferença entre elas é o mosquito transmissor. Na febre amarela silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros. Nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na febre amarela urbana, o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem.
 
Os macacos e a febre amarela
Os macacos são tão vítimas da doença quanto os seres humanos, não a transmitindo diretamente. Os animais, assim como o homem, são hospedeiros do vírus, que permanece no organismo por um período de tempo muito curto. Os mosquitos são os responsáveis pela transmissão e manutenção do vírus na natureza. Portanto, matar macacos para acabar com o vírus não só é uma estratégia ineficaz, como pode agravar o quadro de risco para a população.
Os macacos são sensíveis ao vírus da febre amarela e a morte dos animais pela doença é um alerta aos órgãos de saúde sobre a necessidade de vacinação da população humana nos arredores. Eles permitem aos gestores de saúde implementarem estratégias preventivas, antes de o vírus atingir o ser humano.
Ao encontrar um macaco vivo, mantenha distância, se estiver morto contate a Secretaria de Saúde do seu município e não toque nele.

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